O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou um acordo que prevê cessar-fogo na guerra com o Hezbollah, mas avisou que a duração da trégua dependerá da capacidade do grupo extremista islâmico de cumprir os termos combinados. Em discurso televisionado ontem (26), Netanyahu explicou que a suspensão das hostilidades no Líbano permitirá que os israelenses foquem na ameaça do Irã. “Estou disposto a fazer o que for preciso para evitar que Irã desenvolva arma nuclear”, disse.

O premiê reforçou o compromisso em assegurar a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas desde o ano passado. “Estamos determinados a garantir a destruição do Hamas”, ressaltou ele, que chamou atenção para as “grandes vitórias” que Israel teve nas frentes de guerra. “Quando o Hezbollah ficar fora de jogo, o Hamas estará sozinho (em Gaza). Nossa pressão (sobre o movimento islamista palestino) vai aumentar e isso contribuirá para a sagrada missão de libertar nossos reféns”, acrescentou.

Netanyahu alertou em seu discurso, no entanto, que se o Hezbollah descumprir o acordo, Israel vai voltar a atacá-lo.

O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, disse que a trégua com Israel é “passo fundamental” para estabilidade regional.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que o cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah libanês começaria nesta quarta-feira (27) às 4h do horário local (23h de ontem no horário de Brasília).

A trégua, negociada por Estados Unidos e França, são “boas notícias”, afirmou Biden da Casa Branca. (Estadão Conteúdo e AFP)