Cesário Lange
Mais três funcionários são ouvidos no caso Mavsa Resort
Nos depoimentos, dois deles relataram ouvir um barulho diferente no disparo dos artefatos pirotécnicos
Mais três funcionários do Mavsa Resort foram ouvidos nesta quinta-feira (3), à tarde, pela Polícia Civil de Cesário Lange. Entre as testemunhas estão uma empresária, responsável por organizar shows no empreendimento de luxo, um diretor de eventos, que atuava como mestre de cerimônias no dia em que ocorreu o incêndio, e um bombeiro civil.
Nas oitivas, a empresária e o diretor relataram ouvir um barulho diferente no disparo dos artefatos pirotécnicos utilizados. Já, o bombeiro informou que estava em um local próximo ao salão de festas do resort no momento do incidente. Entretanto, quando notou o surgimento das chamas foi até o local para fazer o resgate das vítimas.
A linha de investigação seguida pelos policiais é de que esses dispositivos possam ter causado o fogo do último dia 21. Segundo o delegado responsável pelo caso, Silvan Renosto, um dos equipamentos “agiu de maneira diferente do que era esperado”.
Na quarta-feira (2), outros dois colaboradores do Mavsa Resort também foram ouvidos Polícia Civil. A dupla é responsável pela montagem dos equipamentos que disparam os artefatos pirotécnicos. Os funcionários detalharam, de forma técnica, sobre a utilização dos aparatos. Desta forma, a Corporação pretende verificar a procedência dos materiais utilizados. Além disso, as especificações técnicas também serão analisadas para identificar se a utilização dos artefatos é adequada ou não para o espaço de shows do resort.
As declarações das testemunhas serão retomadas na segunda-feira (7). No total, 15 pessoas já prestaram depoimentos. Na semana passada foram ouvidos sete bailarinos, dois policiais militares que atenderam a ocorrência e um funcionário de segurança do trabalho. Nos próximos dias, o delegado espera ouvir mais 15 pessoas.
Entre elas, os responsáveis pelas vendas dos artefatos pirotécnicos, integrantes da banda que tocava no salão de festas, a gerência do resort e outros funcionários, inclusive os feridos. A investigação ainda aguarda a conclusão do laudo da perícia técnica, que deve ser emitido oficialmente em aproximadamente 20 dias. (Da Redação)