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João Alvarenga

Patriotismo

16 de Setembro de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
(Crédito: FÁBIO ROGÉRIO / ARQUIVO JCS)

Os dicionários definem “Patriotismo” como sentimento de orgulho e devoção à pátria. No passado, já fomos mais patriotas. A “Semana da Pátria” movimentava o ambiente escolar. Tudo girava em torno do sentido de brasilidade. Palestras, declamação de poesias faziam parte das atividades, em que o Hino Nacional era cantado a plenos pulmões no pátio das escolas. O desfile cívico do “7 de Setembro” coroava a programação em grande estilo, em que o público, com bandeirolas nas mãos, exaltava a pátria.

Porém, com o passar do tempo, esse fervor patriótico esvaziou-se e, numa espécie de revanchismo ao regime deposto, o civismo deu lugar ao deboche. Assim, falar em amor à pátria tornou-se algo passadiço. Nas redes sociais, muitos zombam dos símbolos pátrios. E a Bandeira Nacional, maior de todos os símbolos, sempre paga pelos desmandos do passado. No fundo, a ideia é “causar”, a fim de ter uns minutinhos de fama, para ser lembrado, nem que seja negativamente.

Talvez, Freud explique se quem faz isso é movido por orgulho ferido ou falta de amor próprio. Ou, então, age por impulso, pura desinformação ou apenas vaidade. Afinal, no dizer de Umberto Eco, a internet deu maior visibilidade aos que precisam de aplauso, mesmo que lhes falte talento.

Mas, no que consiste uma nação? Com certeza, não são as ideologias, pois elas passam, o país fica! Também não são os políticos, pois esses a história de encarrega de esquecê-los. Muito menos os cargos que ocupam, pois são transitórios.

Resposta: o povo é maior riqueza de uma nação. Ou seja, os operários do campo e das cidades formam aquilo que podemos chamar de país, na sua integridade. Essa gente humilde que, dia a dia, trabalha duro para construir a riqueza brasileira, independente de quem esteja no poder, no fundo, é o verdadeiro patriota.

Para concluir, você pode discordar de quem está no poder; mas, acima de qualquer ideologia, está o povo que se identifica, como nação, na Bandeira, no Hino e na língua que fala.

João Alvarenga é professor de redação e cronista.