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Editorial

A inteligência contra o tráfico de drogas

11 de Julho de 2024 às 22:30
Cruzeiro do Sul [email protected]
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As polícias de São Paulo apreenderam mais de 13 toneladas de drogas em rodovias do Estado nos primeiros dez dias de julho. Foram ao menos seis ocorrências no período, entre interceptações de caminhões carregando maconha e casos pontuais de flagrantes de até 300 quilos de entorpecentes.

Na última terça-feira (9), a Polícia Militar Rodoviária apreendeu 5,5 toneladas de maconha que estavam em um caminhão na rodovia Brigadeiro Faria Lima, em Jaboticabal, no interior paulista. O veículo seguia para a capital paulista.

O flagrante ocorreu durante operação conjunta com a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de São Paulo, da Polícia Federal. O comandante do 3º Batalhão de Polícia Rodoviária, major Luiz Eduardo Junqueira, relata que a droga foi encontrada no baú do caminhão após a revista dos policiais.

“Diante dessa suspeita os policiais realizaram a vistoria por completo do veículo e, ao abrirem o baú, encontraram no interior 255 fardos com diversos tijolos de maconha cada um, chegando a quase 5,5 toneladas de maconha. O condutor foi devidamente autuado em flagrante e conduzido até a delegacia da Polícia Federal em Ribeirão Preto”, afirma o major.

Outra ocorrência de destaque foi a apreensão, na última segunda-feira (8), de mais de três toneladas de maconha na rodovia Rodolfo Ribeiro de Castro, em Taciba, também no interior do estado. Uma ação conjunta entre as polícias Civil e Militar localizou a droga em um fundo falso e na carroceria de um caminhão após uma abordagem.

Embora a maior parte das apreensões aconteça nas rodovias, as forças de segurança do estado também atuam em outros tipos de interceptação de entorpecentes. No dia 3 de julho, por exemplo, a Polícia Civil recolheu 1,8 tonelada de cocaína em uma chácara na zona rural de Rio Grande da Serra, na Grande São Paulo.

Entre o dia 1º e o dia 10 de julho, foram quase 18 toneladas de entorpecentes apreendidas em todo o Estado de São Paulo. Já a Polícia Militar Rodoviária recolheu entre janeiro e junho de 2024 quase 40 toneladas de drogas em circulação nas rodovias.

Importante destacar que, em São Paulo, há uma política de investimentos na Segurança Pública. A Polícia Militar, por exemplo, lançou uma diretriz de combate ao crime organizado, que determina um plano de ações e estratégias para os agentes de segurança para enfrentamento às organizações criminosas. A diretriz orienta sobre a atuação dos policiais militares para fazerem frente ao crime organizado, sobre a importância da capacitação e da reação das forças de segurança de forma estratégica para desmantelar esses grupos, além do uso de ferramentas tecnológicas contra o crime, incluindo o tráfico de drogas. A Polícia Civil mantém um Departamento de Inteligência que mostra a importância do trabalho de inteligência policial.

Igualmente, o Ministério Público do Estado de São Paulo está determinado ao combate ao crime, principalmente aquele que tem o tráfico de drogas como atividade fim. O Centro de Apoio Operacional Criminal e o Núcleo de Inteligência e Gestão do Conhecimento, do MPSP, compilaram, em um mapa de Business Intelligence (BI), dados sobre ocorrências envolvendo tráfico de drogas na capital e na Grande São Paulo, reunindo informações no período compreendido entre 1º de janeiro de 2020 e 26 de fevereiro de 2023. Esse mapeamento auxilia os promotores no planejamento de ações de prevenção e repressão à criminalidade. A Procuradoria-Geral de Justiça também usa o mesmo recurso com informações sobre todas as regiões do Estado.

Em São Paulo, a esmagadora maioria dos crimes (68%) se enquadra no artigo 33 da Lei nº 11.343, que estabelece pena de 5 a 15 anos de prisão a quem importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas. Nos 32 municípios que integram a Grande São Paulo, esse delito representou 58,9% do total registrado.