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Editorial

E agora prefeitos (as) e vereadores(as) eleitos?

06 de Outubro de 2024 às 22:00
Cruzeiro do Sul [email protected]
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A exemplo dos 5.569 municípios brasileiros, as 27 cidades que integram a Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) amanheceram hoje (7) com um novo(a) prefeito(a) e com uma nova Câmara Municipal. É tudo novo, até mesmo para os reeleitos!

Passada a euforia da vitória, os eleitos ontem (6) já devem iniciar os esforços para a formação de suas equipes de transição e de seu secretariado, no caso dos prefeitos. Para os eleitos vereadores também começa o tempo para as articulações, principalmente para a escolha dos integrantes das respectivas mesas diretoras dos legislativos. É período de muito trabalho de planejamento e estruturação do novo governo e fundamental para o seu sucesso.

Os eleitos tomarão posse no dia 1º de janeiro de 2025. A data é delimitada na Constituição de 1988 e as cerimônias para que prefeitos e vereadores assumam seus respectivos cargos acontecerão em todas as cidades do País. Antes, até 19 de dezembro, acontecem as solenidades de diplomação das eleitas e dos eleitos.

Também começa ainda hoje o período para as resoluções de eventuais demandas eleitorais. Há muitos candidatos à espera de decisões que podem sim modificar as decisões mostradas pelas urnas ontem. Há também a necessidade de cumprir as etapas para as devidas prestações de contas do dinheiro utilizado nas campanhas eleitorais. O não cumprimento dessa agenda pode inviabilizar a diplomação e posse dos eleitos.

Aos prefeitos eleitos, especificamente, fica uma sugestão. Estudar os planos de governo de seus adversários — que foram superados nas urnas — para buscar soluções que ainda não havia pensado para a sua cidade. Afinal, quando os candidatos se apresentaram ao eleitor com certeza tinham em mente fazer o melhor para a cidade.

Muitos podem discordar, mas a política gosta sim de humildade, respeito, diálogo, boas intenções e, principalmente, excelentes realizações. Administrar dinheiro público é sagrado. Não se deve gastar os recursos naquilo que não é o anseio da população. Aos eleitos, espera-se juízo e resiliência.

A escolha do eleitor é soberana e deve ser respeitada. O governante escolhido irá administrar a cidade para todos. E isso é o mais importante a partir de agora.

O eleito não se deve ter em mente que agora ele é um “poderoso” e pode fazer o que bem entender na administração da cidade. Necessário enfatizar que ao eleito — de maneira geral — uma dica que vale ouro. Ele foi escolhido pela maioria dos eleitores e, agora, deve, imediatamente, ter o entendimento que o seu cargo é público, que ele foi escolhido pela população e, portanto, deve trabalhar em favor da coletividade. Jamais, deve achar que agora ele é o dono do poder e pode fazer o que bem quiser com seu mandato. Ao ser eleito(a), ele(a) não tem o direito de agir em benefício próprio, nem em favor de seu grupo político.

Ao eleitor, cabe acompanhar de perto e com especial interesse o desenrolar do mandato. E se manifestar publicamente se algo não estiver indo bem. Afinal, o governante está ali devido a uma escolha do eleitor.

Aos candidatos não eleitos, cabe uma reflexão para buscar entender o motivo pelo qual não foi escolhido pelo eleitor, principalmente nos casos dos não reeleitos. É hora de baixar a adrenalina, acalmar os ânimos e aceitar a decisão das urnas.

Uma definição importante começa a ganhar forma a partir de hoje também. O resultado das urnas nos 5.569 municípios brasileiros pode sim ter reflexo na eleição 2026, quando o eleitor voltará às urnas para escolher o Presidente da República, o vice e os governadores no âmbito do Poder Executivo, e também de senadores e deputados estaduais e eleitorais para a nova formação do Poder Legislativo nacional.