Editorial
O potencial turístico de SP
O turismo de São Paulo vai ocupar uma parcela ainda maior da economia paulista: 9,6% do PIB até dezembro deste ano, de acordo com estimativa do Centro de Inteligência da Economia do Turismo, ligado à Secretaria de Turismo e Viagens do Governo de São Paulo. Espera-se uma movimentação financeira recorde de R$ 315 bilhões, a maior da série histórica, o que representa um crescimento de 5,1% em relação ao ano passado.
A escalada do turismo paulista se deve, especialmente, ao bom desempenho de três indicadores. O primeiro deles, e mais importante, é o aumento de turistas em destinos de todo o Estado. São Paulo deve fechar o ano com a visita de 49 milhões de turistas: 46,7 milhões de brasileiros e 2,2 milhões de estrangeiros que visitam o Estado em busca de destinos de lazer, grandes eventos e negócios.
O segundo fator é o aumento da empregabilidade. São 45 mil novos empregos formais diretos ligados ao turismo em postos de trabalho relacionados à hospitalidade, transporte e alimentação, segundo o Centro de Inteligência da Economia do Turismo. A demanda teve o reforço da Academia do Turismo, o maior programa de capacitação e formação no setor de turismo do Estado. A iniciativa foi lançada em novembro e oferece 22 mil vagas em cursos gratuitos para o setor.
O terceiro fator é a criação de quase nove mil empresas relacionadas ao setor, com destaque para o crescimento de 11% no setor de locação de veículos. Metade das locações de carros no País estão relacionadas ao turismo, segundo a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis.
O município de Sorocaba, por exemplo, conta com uma diversidade de atrativos, através da sua rica história e cultura, dispondo de estrutura e infraestrutura de qualidade. Através de sua ampla gama de equipamentos e serviços de lazer, a cidade está apta para atender seus moradores e turistas.
Durante a semana, grande parte dos turistas são aqueles que vêm tratar de negócios em Sorocaba, pois existe um forte polo industrial no município, que fomenta a economia local e regional. Nos finais de semana, o fluxo de turistas é caracterizado pelos visitantes, grande parte, dos municípios da região, que buscam os parques, eventos, equipamentos gastronômicos, entre outros locais de lazer.
O turismo de saúde também se destaca, visto que aqui pode-se encontrar SPAs de qualidade, o Banco de Olhos de Sorocaba e o Hospital Oftalmológico (BOS), reconhecido internacionalmente, e o Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil (Gpaci), todos atraindo pessoas de diversos lugares que vêm à cidade para consultas e tratamentos médicos.
Considerado o principal atrativo turístico da cidade, o Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros, que abriga ainda no seu interior o Museu Histórico Sorocabano, ocupa uma área de, aproximadamente, 130 mil metros quadrados, com mais animais de 300 diferentes espécies, sendo 70% pertencentes à fauna brasileira. A cidade também conta com grandes parques arborizados que oferecem atividades esportivas e de lazer a toda a comunidade.
Além disso, existem opções de turismo cultural. Museus, monumentos, patrimônios e construções históricas relembram a história de uma cidade que foi de grande relevância para o desenvolvimento socioeconômico de um país, passando pelos principais ciclos econômicos, o desenvolvimento da agricultura e da indústria com a criação da Estrada de Ferro Sorocabana.
O turismo religioso também é praticado no município e, neste segmento, um dos principais atrativos é a Capela de João de Camargo, construída em 1907, procurada por fiéis de todo o Brasil. Além das igrejas históricas, na cidade acontecem grandes eventos religiosos, como a Romaria de Aparecidinha.
Para realizar a análise, o Centro de Inteligência da Economia do Turismo se baseou em informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e da Sociedade Civil Campineira (Socicam). O estudo ainda levou em conta dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da Fundação Seade — Sistema Estadual de Análise de Dados.