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Editorial

Movimentos ‘antecipam’ 2026

12 de Abril de 2025 às 20:00
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Um movimento que a cada dia tem agitado o Brasil, de forma geral, é a proximidade precoce das eleições 2026. Ninguém pode negar que o País está polarizado entre a direita e a esquerda e, às vezes, se esquece, um pouco, dos extremos, mas não duvida que os de centro são os mais rápidos em se acomodarem nos governos, seja lá de qual lado for. Os pré-candidatos estão agitados, se posicionando de todas as formas e meios que podem usufruir. É notório isso.

A busca por cargos eletivos movem homens e mulheres além das paixões normais. Os leigos — e aqueles que não almejam posições políticas — podem até pensar: “deve ser muito bom e vantajoso ter um cargo público eletivo no Brasil”.

A verdade é que não só as pessoas físicas que se movimentam em busca de um sol na política. Os líderes de partido — ou quase donos de uma dessas agremiações — também estão atentos para arregimentar promessas políticas, os famosos eventuais puxadores de votos.

À medida que as eleições de 2026 se aproximam, o cenário político começa a se desenhar com contornos de incerteza e expectativa. Com um eleitorado cada vez mais exigente e informado, os desafios para os candidatos e partidos são imensos. A polarização que marcou as últimas eleições ainda ressoa, mas novas dinâmicas estão emergindo, prometendo moldar o futuro político do País.

Um dos principais fatores a serem considerados é a insatisfação popular com a classe política. A crise econômica, a inflação persistente e os problemas sociais, como a desigualdade e a insegurança alimentar, têm gerado um clima de descontentamento. Os eleitores estão cada vez mais cientes de que as promessas feitas durante as campanhas muitas vezes não se concretizam. Essa desconfiança pode abrir espaço para novas lideranças, que se apresentem como alternativas viáveis aos partidos tradicionais.

As eleições de 2026 prometem desafios e oportunidades. A capacidade dos candidatos de se adaptarem a um eleitorado em transformação, que busca não apenas soluções para problemas imediatos, mas também uma visão de futuro, será crucial. A comunicação clara, a transparência nas propostas e a disposição para ouvir as demandas da população serão os pilares que sustentarão as campanhas bem-sucedidas. O Brasil está em um momento decisivo, e as escolhas feitas nas urnas poderão moldar o País por anos. Por isso, erros na escolha dos candidatos em quem confiar não são recomendáveis.

Mas não são somente os políticos atuais, os postulantes e os partidos que estão se preparando para 2026, quando serão escolhidos presidente, governadores dos Estados e do Distrito Federal, deputados (estaduais e federais) e senadores. A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, disse que a Justiça Eleitoral já começou os preparativos para as eleições gerais de 2026.

As declarações da ministra foram feitas durante a sessão solene de abertura dos trabalhos da Justiça Eleitoral em 2025 no dia 3 de abril, em Brasília. Em sua fala, ela adiantou que o TSE já começou os preparativos para as eleições de 2026 e também do próximo pleito municipal, que será realizado em 2028.

“Para garantia de eleições livres e democráticas no Brasil, este Tribunal Superior Eleitoral trabalha ininterruptamente. Para as eleições de 2026, as providências já começaram a ser implementadas na sequência imediata ao término das eleições. Para a eleição de 2028, uma série de providências já precisou ser iniciada, como a questão do cálculo de eleitores e quantas urnas precisam”, afirmou.

A presidente do TSE também voltou a defender o regime democrático no País e disse que a liberdade e a justiça só podem ser garantidas com a democracia. “A Justiça Eleitoral continuará a atuar com rigor, serenidade, com imparcialidade e comprometida com a democracia, garantindo as liberdades de eleitoras e eleitores. Que tenhamos um ótimo período de perseverança no caminho da construção democrática”, completou a ministra.

As eleições gerais de 2026 serão presididas pelo ministro Kassio Nunes Marques, atual vice-presidente do TSE e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O mandato de Cármen Lúcia terminará em agosto do ano que vem. Kassio foi indicado ao STF pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.