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Crespo se afasta por 14 dias e indefine oitiva da Comissão Processante

05 de Julho de 2019 às 20:44
Marcel Scinocca [email protected]

O prefeito José Crespo (DEM) se afastou das atividades na Prefeitura por 14 dias. Crédito da foto: Erick Pinheiro/ Arquivo JCS (24/10/2018)

Por razões médicas, o prefeito José Crespo (DEM) afastou-se das suas atividades na Prefeitura por 14 dias. A informação foi confirmada pelo advogado Marcio Leme, que defende o prefeito em processos judiciais e na Comissão Processante que o investiga na Câmara de Sorocaba.

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Nesta semana, Crespo deixou de comparecer a uma oitiva da Comissão Processante também por problemas médicos. Essa oitiva havia sido reagendada para quinta-feira (11). A situação complica os trabalhos, uma vez que há prazo para a conclusão do procedimento. A comissão investiga possíveis infrações político-administrativas contra Crespo na voluntariado da ex-servidora Tatiane Polis na Prefeitura de Sorocaba.

Segundo o relator da Comissão Processante, vereador Hudson Pessini (MDB), para que os trabalhos não sejam prejudicados, foi iniciada uma negociação no sentido de ouvir Crespo em sua residência ou mesmo em alguma unidade de saúde.

“O atestado fala em repouso. Ou seja, não poderá ir à Câmara, para a Prefeitura. Vamos tentar a possibilidade de ouvir o prefeito nem que seja no hospital ou na casa dele”, diz Pessini. Ainda conforme o parlamentar, o Jurídico da Câmara teria avaliado que não há impedimento legal para a medida.

O advogado Marcio Leme confirmou o atestado médico do prefeito, assim como o número de dias. O motivo do afastamento, ou seja, qual o problema de saúde que levou a situação, não foi divulgado -- mas o prefeito fez uma cirurgia recentemente na próstata. O documento foi protocolado por volta das 17h de quinta-feira (4).

O prazo final para que ocorra a votação do relatório da Comissão é 3 de agosto. A Comissão Processante pretende entregá-lo até o dia 19 de julho, caso o prefeito seja ouvido. Após a entrega, ainda há um período de cinco dias para que a defesa do prefeito apresente as alegações finais. Vale destacar que, para a votação, o presidente da Câmara deve convocar uma sessão extraordinária, com 48 horas de antecedência.

No caso de o prefeito não ser ouvido dentro dos prazos, a Comissão Processante poderá ser invalidada. Vale lembrar que, se o atestado fosse superior a 14 dias, a vice-prefeita de Sorocaba, Jaqueline Coutinho (PTB) -- que é investigada por outra Comissão Processante, sobre o suposto uso indevido de um funcionário do Saae em serviços pessoais --, teria de assumir o cargo de prefeita. (Marcel Scinocca)