Família contesta versão sobre homem que morreu atropelado na Itavuvu: 'Assustou com o ônibus'
Paulo César Gimenes, de 59 anos, morreu após ser atropelado por ônibus na avenida Itavuvu. Crédito da Foto: Cortesia
A família do homem morto após ser atropelado por um ônibus na avenida Itavuvu contesta a versão apresentada por testemunhas sobre o o acidente ocorrido na noite de terça-feira (29). Paulo César Gimenes, de 59 anos, morreu depois de ser atingido pelo veículo do Consórcio BRT na estação que fica próximo a UPH da Zona Norte. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso.
Segundo o registro policial, o atropelamento aconteceu às 23h22. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) chegou a ser acionado, mas, quando chegou, a vítima já havia morrido. Na ocasião, testemunhas contaram aos policias militares que o homem teria se jogado embaixo do veículo em movimento, o que a família nega.
A irmã da vítima, Elisabete Gimenes Reis, conversou com o jornal Cruzeiro do Sul nesta quinta-feira (1º). Ela explica que durante o velório do irmão, realizado na quarta-feira (30), a família foi procurada por um homem que teria presenciado o acidente. Na versão desta testemunha, Paulo não teria se jogado embaixo do veículo. Segundo Elisabete, o irmão saiu da UPH Zona Norte, foi até a estação e se assustou com o ônibus quando atravessava a avenida. "Ele não viu o ônibus porque estava muito escuro. Então ele se assustou e foi atropelado", conta ao explicar a versão relatada.
Acidente com ônibus aconteceu perto da UPH Zona Norte. Crédito da Foto: Cortesia
Ainda abalada, a irmã de Gimenes conta que, além do relato da testemunha, a família não acredita na possibilidade de ele ter se jogado embaixo do veículo. "Jamais imaginaríamos uma situação dessa. Ele não bebia, não tinha vícios e em momento algum deu sinais que poderia fazer esse tipo de coisa", diz. Com ajuda de um advogado, Elisabete explica que a família registrou boletim de ocorrência para apresentar a nova versão da testemunha sobre o caso.
Iluminação
Fotos enviadas para a redação na quarta-feira (30) mostram que o trecho estava pouco iluminado na estação do BRT, que fica na parte central da avenida. A Prefeitura de Sorocaba foi procurada procurada por e-mail, mas não respondeu aos questionamentos da redação sobre a iluminação do local.
Em nota enviada nesta quinta-feira (1º), a concessionária BRT Sorocaba afirmou que está colaborando com as investigações. "A empresa lamenta profundamente o incidente e reitera que as causas estão sendo investigadas pelas autoridades competentes. Seguimos comprometidos e colaborando para a elucidação do caso."
Investigação
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso. De acordo com o delegado titular do 8º Distrito Policial, Acácio Aparecido Leite, a equipe aguarda o resultado da perícia científica para determinar exatamente o que teria acontecido no dia do acidente.
Além do laudo pericial, a delegacia também vai analisar as imagens do sistema de monitoramento da estação UPH Zona Norte do BRT. (Jomar Bellini)