Apesar do susto, a balconista Eliana Maria de Aguiar Oliveira, de 34 anos, não corre risco de morte, e também estaria fora de perigo sua gestação de seis meses, em decorrência do assalto sofrido na noite de quarta-feira no Parque São Bento, ao cair, aparentemente, num golpe envolvendo criança. O caso aconteceu às 21h30 quando, ao trafegar pela avenida Dr. Gualberto Moreira, se deparou com uma criança caída numa calçada. Ao descer do carro para ajudar, foi surpreendida por um jovem, aparentemente drogado, que a esfaqueou na barriga ao saber que ela não tinha dinheiro, e ainda fugiu com seu carro, localizado pela manhã desta quinta-feira, no mesmo bairro. A criança teria corrido tão logo a vítima se aproximou.

Conforme consta no boletim de ocorrência registrado no Plantão Norte, o assaltante inicialmente a ameaçou com uma arma de fogo, fazendo com que Eliana Maria entrasse no carro, um Fiat Pálio. Dentro do veículo o homem pediu dinheiro, e como a vítima não tinha, o estranho então a esfaqueou na barriga e a empurrou para fora do veículo, fugindo com o mesmo.

A mulher foi socorrida por bombeiros ao Hospital Regional, onde foi submetida a procedimento cirúrgico para a retirada da faca, permanecendo porém na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por conta da gravidez. Mas nesta quinta-feira, em contato com a família da vítima, policiais civis do 8º Distrito Policial souberam que o bebê não corre risco de morte, e que Eliana Maria deve ser transferida hoje para o Hospital da Unimed. Já a Secretaria Estadual da Saúde informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda não havia previsão de alta. O carro roubado foi localizado pela manhã, na rua Dr. Rivaldo Costa Oliveira, que fica bem próxima do local onde houve o assalto.

O caso chamou a atenção pela violência empregada contra uma mulher grávida, além do que não teria esboçado nenhuma reação.

Investigação e orientação

A equipe de investigação do 8º Distrito Policial já esteve nesta quinta-feira no Parque São Bento em busca de informações e imagens do crime. Ainda de acordo com os policiais civis, o caso ainda não chega a ser tratado como um golpe, embora já esteja conhecido como “golpe da criança”, mas os investigadores acreditam sim que aquela criança, deitada na calçada, fizesse parte do plano do assaltante, que seria moreno e vestia camiseta vermelha.

Embora compreenda que o primeiro instinto seja o de ajudar sempre que nos deparamos com alguém em situação de risco, a equipe de investigação do 8º Distrito orienta para que as pessoas tenham cautela, e observem primeiro se o local é seguro. E que, em caso de local ermo, sem mais ninguém por perto, pede-se para que ajuda solicitando policiamento e/ou socorro médico, até porque se a eventual vítima apresentar ferimentos graves, é necessário aguardar atendimento especializado.

*Atualizada às 19h49 - 18/10/2018