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Mais de 4 mil empresas se unem e prometem não fazer demissões

19 de Maio de 2020 às 00:01

Mais de 4 mil empresas se unem e prometem não fazer demissões Na contramão do mercado, a JBS de Itapetininga está contratando. Crédito da foto: Divulgação

Diante do desaquecimento da atividade econômica em função da pandemia do novo coronavírus, empresas privadas tem realizado iniciativas para tentar mitigar os efeitos dessa crise sem precedentes. Uma delas é o movimento “Não Demita”, que reúne mais de 4 mil empresas do país que prometem não demitir seus funcionários até pelo menos 31 de maio.

Idealizado pela Ânima Educação e por gigantes brasileiras do varejo, como Magazine Luíza e Grupo Pão de Açúcar; multinacionais de comunicação e tecnologia, como Microsoft e Vivo e bancos como Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, entre outras, o movimento divulgou um manifesto no qual defende que manter o quadro de funcionários ajuda a evitar ou minimizar um possível colapso econômico e social.

“A primeira responsabilidade social de uma companhia é retribuir à sociedade o que ela proporciona a você -- começando pelas pessoas que dedicam suas vidas, todo dia, ao sucesso do seu negócio. É por isso que nossa maior responsabilidade, agora, é manter nosso quadro de funcionários”, afirma.

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Até final de maio

O chamamento que foi lançado no final de março convida os empresários a assumirem o compromisso de manter seus quadros de funcionários pelo menos nos próximos dois meses, isto é, até o final deste mês. O movimento não confirmou a adesão de empresas de Sorocaba à iniciativa. Na Região Metropolitana de Sorocaba, uma das empresas que aderiu ao movimento foi o Grupo Doptex, de Tietê.

De acordo com o diretor-presidente, Otávio Augusto Corradi Mazzer, a empresa assumiu o compromisso de manter seu quadro de cerca de 700 funcionários nos meses de abril e maio, trazendo mais segurança ao colaborador que depende do salário e benefícios oferecidos pela empresa. “Decidimos não demitir nenhum funcionário, pois entendemos que as pessoas são o nosso maior patrimônio”, afirma.

Mazzer reconhece que crise deixará “impacto profundo” nos resultados da empresa, mas garante que projetos de expansão serão adiados para evitar o corte de colaboradores. Segundo a gerente de recursos humanos, Vanessa Wrobleski, logo nos primeiros indícios da pandemia no País, a empresa adotou a quarentena para proteger a saúde de seus funcionários.

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Retorno às atividades

Com o retorno das atividades, após 40 dias de isolamento, a Doptex continua praticando medidas baseadas nas orientações do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, como a distribuição de máscaras, cujo uso se tornou obrigatória a todos os funcionários, assim como o distanciamento seguro nas áreas comuns como refeitório e transporte fretado.

Contramão da crise

Na região, um dos poucos setores que tem conseguido contornar os efeitos da crise é o alimentício, especialmente daqueles produtos de consumo de primeira necessidade. No início deste mês, na unidade da JBS em Itapetininga preencheou 120 vagas de emprego. Segundo a empresa, a geração de novos postos de trabalho na unidade da JBS em Itapetininga decorre da modernização e ampliação recentes da capacidade produtiva da fábrica, que atende o mercado brasileiro e, também, o internacional.

As ações, segundo a empresa, estão atreladas ao plano de crescimento da companhia no Brasil, anunciado no ano passado, que prevê um investimento de R$ 8 bilhões em todas as operações da companhia. “A JBS se orgulha em poder contribuir com o desenvolvimento do município e da região e ressalta que, mesmo durante a pandemia, não tem medido esforços para manter as suas operações, uma vez que a produção de alimentos é fundamental para que não falte opções ao consumidor”, informa a empresa. (Felipe Shikama)