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Sorocaba

Municipais retomam aulas presencias dia 15

Previsão é do prefeito Rodrigo Manga. "Será de forma gradual", disse ele à rádio Cruzeiro FM 92,3

27 de Maio de 2021 às 00:01
Ana Claudia Martins [email protected]
Aulas presenciais nas 175 escolas municipais estão suspensas há mais de um ano.
Aulas presenciais nas 175 escolas municipais estão suspensas há mais de um ano. (Crédito: Governo do Estado de São Paulo (30/1/2019))

O prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), disse ontem (26) à rádio Cruzeiro FM 92,3, que a retomada das aulas presenciais, na rede municipal de ensino, está prevista para o próximo dia 15 de junho, de forma gradual.

As aulas presenciais nas 175 escolas municipais estão suspensas há mais de um ano, ou seja, desde março do ano passado, por conta da pandemia da Covid-19. Em 2021, a Prefeitura já adiou a retomada presencial dos estudantes pelo menos três vezes.

A última data divulgada para a retomada era 31 de maio. Porém, a data foi cancelada devido a falta de máscaras de proteção facial para a rede municipal de ensino.

O ano letivo 2021 na rede municipal de ensino teve início no dia 8 de fevereiro, mas de forma remota, para os cerca de 60 mil alunos. O prefeito disse que a questão da compra das máscaras para alunos, professores e funcionários estará praticamente resolvida até o dia 15 de junho. Manga disse ainda que o contrato para a merenda escolar também já foi resolvido e já foi assinado pelo secretário da Educação, Marcio Carrara, e que falta somente a assinatura dele.

Situação dos prédios

A situação dos prédios de várias escolas municipais, neste momento, é um dos principais problemas para a retomada das aulas presenciais na rede municipal de ensino. Manga disse que a retomada presencial dos alunos será de forma gradual por conta do estado de diversos prédios das unidades escolares, mas ele não informou a quantidade de escolas municipais que estão sem condições de receber os estudantes. O prefeito citou ainda que há escolas sem internet, sem energia elétrica, sem mobiliário adequado, e que várias unidades escolares necessitam de reformas e de obras de manutenção.

Manga disse ainda que estão sendo finalizados três contratos para as obras de reformas e manutenção das escolas municipais e que conforme os prédios estejam adequados para receber os estudantes, então, as aulas presenciais retornarão nessas unidades. O que significa que, em um primeiro momento, devem iniciar as aulas presenciais somente os alunos das escolas municipais cujos prédios estão em condições de recebê-los.

O prefeito também fez críticas à gestão anterior e disse que quando assumiu a Prefeitura, em 1º de janeiro de 2021, foi constatado a situação precária de vários prédios das escolas municipais, por conta de furtos e ações de vandalismo. “Não havia contrato para manutenção das escolas municipais, a empresa da merenda escolar contratada pela gestão anterior desistiu do contrato, e também não havia nenhum planejamento para a retomada das aulas presenciais”, criticou.

Manga também citou que no fim da gestão anterior, a então prefeita Jaqueline Coutinho (PSL) autorizou a compra de livros paradidáticos no valor de R$ 29 milhões. “Não tinha necessidade de comprar os livros, e isso atrasou a reforma das nossas escolas”, disse o prefeito.

Manga citou ainda que a Secretaria da Educação também prepara a compra de um sistema de informatização para a rede municipal de ensino, além da aquisição de tablets e computadores para os alunos e para as escolas.

O que diz Jaqueline

Por meio de nota, a ex-prefeita Jaqueline Coutinho disse que “não procede de forma alguma as alegações do prefeito Manga as quais se prestam única e tão somente a tentar tirar a responsabilidade de sua gestão que começou em janeiro e até o presente momento não se preocupou e não tomou qualquer medida com estruturação física e de equipamentos na área de educação com vistas ao enfrentamento da pandemia e volta às aulas. Os recursos do orçamento de 2020 foram devidamente utilizados na educação e os contratos para fornecimento de merenda e manutenção estavam todos em vigência. Quanto ao investimento em livros estranhamente foram retirados da Arena onde estavam e distribuídos em locais desconhecidos o que vai dificultar o controle de distribuição. Melhor andaria o prefeito se desde o início do mandato tivesse adotado as ações cabíveis para a retomada segura e responsável das aulas. Infelizmente o caminho para essa total falta de planejamento é desqualificar uma vez mais o governo anterior que repetimos com veemência não tem participação nessa falha atual”, disse Jaqueline. (Ana Cláudia Martins)