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Ipecs

Fundação Ubaldino do Amaral lança Instituto de Pesquisa Cruzeiro do Sul

A primeira pesquisa do instituto foi realizada entre dezembro e janeiro

23 de Janeiro de 2022 às 06:17
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Jornal Cruzeiro do Sul, no Alto da Boa Vista, em Sorocaba
Jornal Cruzeiro do Sul, no Alto da Boa Vista, em Sorocaba (Crédito: Pedro Negrão (16/2/2021))

O Instituto de Pesquisa Cruzeiro do Sul (Ipecs), criado pela Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), inicia suas atividades em Sorocaba. A criação do projeto deve preencher uma antiga lacuna do setor informativo da cidade. A primeira pesquisa do instituto foi realizada entre dezembro e janeiro e levantou a opinião do público sorocabano sobre serviços públicos, poder Legislativo e Executivo.

O gestor da FUA e coordenador do projeto, Pedro Gimenes, explicou que, apesar de a cidade já contar com institutos de pesquisa locais, existe uma perda de credibilidade dos resultados. “O Ipecs vem com o objetivo de preencher essa lacuna, juntando os 118 anos de credibilidade do jornal Cruzeiro do Sul e oferecer um serviço confiável”, afirma Gimenes.

O presidente da Fundação Ubaldino do Amaral, César Augusto Ferraz dos Santos, ressaltou a credibilidade do jornal Cruzeiro do Sul como fio condutor desse novo objeto de trabalho da fundação. “A gente têm notado o desgaste desses institutos de pesquisa que nós temos hoje no mercado no sentido de credibilidade. Para Sorocaba, é um empréstimo de credibilidade da fundação e do jornal. Esperamos desenvolver um trabalho sério e isento em todos os setores”, reitera.

Extrato da cidade

Sobre a primeira pesquisa do instituto, Gimenes explicou que criou um extrato da cidade de Sorocaba por gênero, por faixa etária, por zona e por classe econômica por meio de diversas fontes de dados. Mas para outras realidades, é necessário um novo recorte. “Nós trabalhamos com uma amostra extratificada que representa o universo como um todo. Se formos pesquisar Votorantim ou a Região Metropolitana, é outro retrato”, esclarece o gestor da FUA.

As metodologias de pesquisas serão adaptadas dependendo da necessidade do cliente. Entretanto, o coordenador do Instituto ressalta a importância de um levantamento que represente o cenário pesquisado. “Você não precisa comer a feijoada toda para saber se ela está boa de sal. Mas é importante você não jogar um torrão de sal e pegar, no fundo da panela, só o torrão de sal e falar que está salgada. É preciso homogeneizar”, ilustra Gimenes.

 

 

Levantamento ouviu 617 pessoas

 

O Ipecs realizou, entre dezembro e janeiro, sua primeira pesquisa, para apresentar o trabalho do instituto à população. O levantamento independente avaliou a opinião dos sorocabanos sobre a atuação dos Poderes Executivo e Legislativo, bem como quanto à qualidade dos serviços públicos.

Outra frente da pesquisa apontou as empresas mais fixadas na memória dos consumidores. Trata-se de um estudo quantitativo, realizado em duas fases.

Na primeira etapa, foram entrevistadas 617 pessoas, entre os dias 17 e 20 de dezembro de 2021. Já na segunda, desenvolvida de 11 a 13 de janeiro deste ano, 580 munícipes opinaram.

O público-alvo foram pessoas acima de 15 anos. Todos ouvidos pessoalmente. O intervalo de confiança da pesquisa é de 95%, com margem de erro de 2%, para mais ou para menos.

 

Pesquisa feita abrangeu marcas de diversos setores - Fábio Rogério
Pesquisa feita abrangeu marcas de diversos setores (crédito: Fábio Rogério)

 

Serviço preenche lacuna no mercado sorocabano

 

Pedro Gimenes, gestor da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA) e professor-mestre, é o responsável pelo Ipecs e considera que a pesquisa foi importante não só para apresentar o trabalho do instituto, como, também, para as empresas. Segundo ele, por meio de levantamento, a Prefeitura, a Câmara e as marcas mencionadas poderão analisar a eficiência do próprio trabalho.

Para Gimenes, o estudo é uma ferramenta “muito valiosa” para gestores, sejam públicos ou da iniciativa privada. “A grande maioria dos profissionais, seja do setor público ou privado, todos os dias, sai de casa querendo acertar e fazer o melhor. Às vezes, nós achamos que estamos acertando e fazendo o melhor. A pesquisa é uma ferramenta que elimina o achismo, (porque mostra se) realmente estou fazendo o melhor ou (se) sou bem avaliado ”, diz.

Ainda conforme Gimenes, os resultados podem ajudar, inclusive, o Poder Público e as marcas a tomar decisões importantes. Ele cita como exemplo a definição de manter ou mudar a forma de atuação. “É uma ferramenta norteadora, que dá o caminho para onde se deve seguir. Ajuda demais, porque, muitas vezes, nos questionamos: será que estou fazendo tudo certo? A pesquisa, para o gestor, responde a essa pergunta”, frisa.

O gestor da FUA fala que os estudos igualmente podem ajudar empresários a decidir sobre investir ou não em determinado local ou modelo de negócio. “Empresas que não estão em Sorocaba, mas que pretendem vir para cá, podem fazer reconhecimento de mercado, por meio de uma pesquisa quantitativa ou qualitativa”, exemplifica.

De acordo com Gimenes, de agora em diante, qualquer interessado, independentemente do ramo de trabalho, pode contratar o serviço. O Ipecs oferece tanto pesquisas quantitativas, quanto qualitativas. “Nós já temos a metodologia desenvolvida e o know-how para fazermos qualquer tipo de pesquisa e garantir, para essas empresas, um índice de confiabilidade de 95% e uma margem de erro de 2%”, informa.

 

 

Pedro Gimenes é o responsável pelo Instituto de Pesquisa - Fábio Rogério
Pedro Gimenes é o responsável pelo Instituto de Pesquisa (crédito: Fábio Rogério)

Estudo mostra marcas mais fixadas pelos entrevistados

 

Outra frente da pesquisa averiguou as empresas mais fixadas na memória dos sorocabanos. O estudo abrangeu marcas dos setores de planos de saúde, farmácias, construtoras, óticas, imobiliárias, padarias, shoppings, pet shops, faculdades, lojas de venda de veículos usados e concessionárias. A metodologia, a amostra populacional, o número de etapas, o período de entrevistas, o índice de confiança e a margem de erro são os mesmos do outro levantamento.

Cada participante foi perguntado sobre qual o nome de sua preferência, quando se fala de plano de saúde. Do total, 56,1% disseram Unimed. Já 21,1% mencionaram Notredame Intermédica, enquanto outros 7,2% indicaram Bradesco Saúde. O mesmo questionamento foi feito sobre farmácias. A Farmaponte lidera, com 26,8% das respostas, seguida por Drogasil, com 24,9%, e Drogaria São Paulo, com 18,7%.

Quanto às construtoras, a mais lembrada é a Planeta (64,1%). As seguintes são Magnum (20,3%) e Patriani (7,6%). Sobre óticas, a Carol aparece no topo (45,8%). Logo após, vêm Diniz (28,7%) e Opt (9,6%). Já referente às imobiliárias, a primeira é a Casa Branca (27,9%). Depois, AE Patrimônio (25,7%) e Emaximóvel (17,3%).

A padaria mais conhecida, por sua vez, é a Real (77,6%), seguida por Santa Rosália (11,8%) e Panicenter (7,7%). Entre os shoppings, o primeiro na lembrança dos munícipes é o Cidade (32,9%). O segundo é o Iguatemi Esplanada (32,6%) e o terceiro, o Pátio Cianê (27,2%). Em relação aos pet shops, os preferidos são Cobasi (38,2%), Agroverde (31,9%) e Petz (12,3%).

No ranking das faculdades, a Universidade de Sorocaba (Uniso) é a primeira, com 30% da preferência. A Universidade Paulista (Unip) e a Facens completam os três primeiros lugares, com porcentuais de 26,9% e 19,3%, respectivamente.

A análise sobre empresas do ramo de vendas de veículos teve dois questionamentos. Primeiro, os entrevistados informaram a loja de comercialização de veículos usados de sua preferência. As três mais citadas foram Cabral Multimarcas (33,5%), Auto 7 Class (20,5%) e Ômega Veículos (17,4%).

Por fim, eles foram perguntados sobre a concessionária. A Automec (GM) é a principal (30,5%). Abrão Reze (Volkswagen) aparece em seguida, com 24,2%. A Fiat Soma (Fiat e Jeep) fecha as três primeiras posições, com 17,2%. (Da Redação)

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