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Sorocaba

Prefeitura de Sorocaba confirma primeiro óbito por dengue em 2022

Casos de dengue aumentaram 30% na cidade em menos de um mês; os números passaram de 763 para 992

20 de Junho de 2022 às 15:11
Ana Claudia Martins [email protected]
Prefeitura de Sorocaba confirma primeiro óbito por dengue na cidade.
Prefeitura de Sorocaba confirma primeiro óbito por dengue na cidade. (Crédito: Fábio Rogério )

A Prefeitura de Sorocaba confirmou nesta segunda-feira (20) o primeiro óbito por dengue na cidade em 2022. Os casos de dengue aumentaram 30% em Sorocaba e a cidade continua em alerta para a doença. O total de casos passou de 763 no fim de maio para 992 até o momento, o que representa aumento de mais 229 novos registros no período. Questionada a respeito, a Prefeitura de Sorocaba afirma que a cidade não apresenta cenário epidêmico, com redução de casos.

Os bairros com mais casos de dengue são da região Leste de Sorocaba, como Brigadeiro Tobias e Astúrias. Até o início de junho, o Estado de São Paulo já confirmou, no total, 180 mortes por dengue.

Conforme os dados informados pela Prefeitura de Sorocaba, até o momento, a cidade já confirmou 992 casos da doença na cidade, sendo 897 autóctones e 94 importados. Questionada a respeito, a Prefeitura de Sorocaba informa que “vem intensificando os trabalhos e realiza uma atividade de força-tarefa, que conta com três caminhões para a retirada de materiais que possam acumular água e serem potenciais criadouros do mosquito”.

Até o dia 24 de maio, o total era de 763 casos, sendo 689 autóctones e 73 importados. Além disso, um óbito que estava em investigação pela doença foi confirmado ontem. Foi a primeira morte registrada este ano por dengue. Segundo a Secretaria da Saúde (SES), trata-se de uma mulher, de 70 anos, com comorbidade.

Em 2021, a cidade não registrou nenhum óbito pela doença. Já em 2020, também foi confirmada a morte de uma pessoa em Sorocaba por dengue. 

Ainda conforme a Prefeitura de Sorocaba, a cidade continua com o índice de densidade larvária em 3,7%, ou seja, de cada 1000 imóveis visitados, 37 continham larvas do Aedes aegypti, que é o mosquito transmissor da dengue.

O índice é considerado alerta na classificação dos índices de infestação do mosquito.
Já em relação aos locais com maior incidência de casos da doença também continuam os bairros da região Leste da cidade, como Brigadeiro Tobias e Astúrias.

Multas aplicadas

De acordo com a Prefeitura de Sorocaba, somente em 2022, até o momento, já foram aplicadas 53 multas por conta de criadouros do Aedes aegypti. Porém, os valores não foram informados.
A Secretaria de Saúde (SES) informa que denúncias de possíveis criadouros do mosquito podem ser feitas por meio do canal 156 ou pelo site da Prefeitura: (http://www.sorocaba.sp.gov.br/atendimento/#/Home/Solicitacao) ou, ainda, em uma das Casas do Cidadão.

Também é possível registrar a ocorrência pelo WhatsApp da Ouvidoria Geral do Município, pelo número: (15) 99129-2426, das 8h às 17h. Em seguida, uma equipe técnica vai ao local e faz a inspeção da área para tomar as devidas providências.

População precisa colaborar

A Prefeitura de Sorocaba informa que vem intensificando os trabalhos e realiza uma atividade de força-tarefa, que conta com três caminhões para a retirada de materiais que possam acumular água e serem potenciais criadouros do mosquito.

Uma das principais atividades de prevenção e controle das arboviroses (dengue, chikungunya, zika e febre amarela) é o bloqueio de casos positivos, ou suspeitos, em que as equipes de agentes da Divisão de Zoonoses realizam visitas nos imóveis ao redor. Essas visitas têm o objetivo de bloquear a transmissão das doenças, por meio da redução da infestação do vetor, remoção e/ou tratamento de possíveis criadouros, orientação da população sobre sinais e sintomas das doenças e formas de prevenção e, ainda, buscar identificar novos casos das doenças.

Outra ação complementar à atividade de bloqueio é a aplicação de veneno, conhecida como “nebulização”. Esse trabalho visa diminuir a infestação de mosquitos adultos possivelmente infectados. A aplicação de veneno só pode ser realizada quando há constatação de um caso positivo ou suspeito de arbovirose na região delimitada, ou seja, não pode ser realizada de forma rotineira. O uso do veneno deve ser feito com critério técnico, para se evitar danos ao meio ambiente e resistência do Aedes aegypti ao princípio ativo.

Para a prevenção e controle do vetor Aedes aegypti, também existe o programa “casa a casa”, que consiste na visitação dos imóveis com o intuito de reduzir a infestação do vetor pela remoção e/ou tratamento de possíveis criadouros, conscientização e orientação da população.

“Essas são visitas de rotina. Para finalizar, os cuidados não devem ser somente na residência. É essencial ficar atento a possíveis focos de água parada, por exemplo, no trabalho, nos vizinhos e em outros locais frequentados diariamente”, ressalta a atual gestão municipal.

Casos disparam no Brasil

O Brasil registrou 504 mortes por dengue, no período de 1º de janeiro a 4 de junho. O número representa praticamente o dobro de mortes notificadas em todo o ano passado, segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde.

O Estado de São Paulo lidera a lista, com 180 óbitos. Em seguida aparecem Santa Catarina (60), Rio Grande do Sul (49), Goiás (44) e Paraná (43). Há ainda 364 óbitos em investigação.

Somente neste ano foram contabilizados 1,1 milhão de casos prováveis de dengue em todo o país, o que implica em uma taxa de incidência de 517,9 casos a cada 100 mil habitantes. A marca atingida em apenas seis meses já representa mais do que o dobro dos casos registrados em todo o ano de 2021 (544.460).

A Região Centro-Oeste do país lidera a taxa de incidência, com a marca de 1.544,2 casos a cada 100 mil habitantes, mais alta que a média brasileira. É nessa região também que estão os municípios com o maior número de infectados: Brasília, com 51.131 casos; e Goiânia, com 41.637 casos.

Em seguida no ranking aparecem Joinville (SC), com 23.058 casos; São José do Rio Preto (SP), com 16.005 casos; e Aparecida de Goiânia (GO), com 14.689. (Da Redação)