Buscar no Cruzeiro

Buscar

Educação

Alunos do Poli de 2 a 5 anos têm aulas de judô e balé

Atividade extra ajuda alunos da educação infantil a desenvolver coordenação motora, lateralidade e equilíbrio

21 de Setembro de 2024 às 00:01
Beatriz Falcão [email protected]
Faixa preta 4º dan, o professor Sandro Galvão ensina de forma lúdica e divertida os princípios e exercícios específicos do judô
Faixa preta 4º dan, o professor Sandro Galvão ensina de forma lúdica e divertida os princípios e exercícios específicos do judô (Crédito: DIVULGAÇÃO)

A infância é uma fase deliciosa e importantíssima na vida de uma criança, afinal, é marcada por descobertas. Neste cenário, as atividades físicas desempenham um papel fundamental para o desenvolvimento físico e cognitivo dos pequenos. No Colégio Politécnico, mantido pela Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), aulas de balé e judô aproximam os alunos da educação infantil das práticas esportivas.

O primeiro estágio da educação básica contempla as crianças de 2 a 5 anos. Para a coordenadora pedagógica Veridiana Herrera Ferreira, a prática de exercícios físicos nesta faixa etária é essencial, principalmente pela questão da coordenação motora, da lateralidade e do equilíbrio. “Portanto, são aulas que ajudam as crianças a ter mobilidade, conseguir executar os movimentos, além do incentivo à atividade física, que, normalmente, os pequenos gostam muito”, pontua.

As aulas de balé e de judô integram a grade curricular da educação infantil, portanto, estão disponíveis para todas as crianças sem custos adicionais. Segundo Veridiana, as modalidades entram no contexto de “aulas extras”, com outras práticas, como o futsal e a ginástica, oferecidas aos alunos do ensino fundamental.

Judô

Todas as terças-feiras, Miguel César da Silva, de 4 anos, vai ao colégio com o seu judogi - a vestimenta tradicional utilizada nas aulas de judô -, na mochila. Para ele, a parte mais legal é treinar com os seus amigos e aprender golpes novos.

“O meu movimento favorito é a cambalhota. Antes eu tinha muita dificuldade para fazer, mas agora aprendi e consigo realizar certinho”, conta o pequeno.

Enquanto para as crianças as aulas são um momento de diversão, as mães observam todos os benefícios de perto. A analista contábil Ivanilda Maria da Silva, de 36 anos, relata que a prática esportiva auxiliou muito no desenvolvimento do filho. “Como o Miguel tem asma, a atividade física é ótima. Ele começou no judô no ano passado e já ajudou muito, tanto na questão da disciplina quanto na coordenação motora”, afirma.

As aulas são ministradas pelo professor Sandro Galvão, que atua na profissão há 33 anos e possui faixa preta 4º dan (grau). No tatame, as crianças aprendem, de forma lúdica e divertida, os princípios e exercícios específicos do judô, bem como trabalham o equilíbrio, flexibilidade e formas de queda. Os aspectos morais também são abordados durante a atividade.

“Quanto mais cedo iniciar a prática do judô, de maneira correta, respeitando a idade da criança, melhor”, garante Sandro. “Na primeira infância, as crianças estão mais abertas a novas experiências; sem contar que a atividade física bem dirigida por um professor qualificado, só faz bem à saúde dos pequenos”.

Balé

A aluna Helena de Novais Carneiro, de 6 anos, também participa das aulas de judô, mas a sua paixão é o balé. Atualmente, com o auxílio da professora Marilda Aparecida Ribeiro Barbosa, ela está treinando alguns passos, como o plié.

“Eu já aprendi alguns giros também, mas o mais legal é o espacate”, conta a pequena. “No começo era difícil, minha perna doía. Aos poucos e com muito alongamento, a professora Hilda me ensinou e me motivava a tentar a cada aula, assim eu consegui fazer o movimento”.

A mãe da aluna, a enfermeira Tami Cristina de Novais Carneiro, de 37 anos, relata que, todas as quintas-feiras, Helena chega em casa muito animada com a aula de balé, falando sobre tudo que aprendeu. “Para o desenvolvimento dela é muito bom, a possibilidade de exercitar a motricidade e elasticidade do corpo. Além disso, é muito divertido para ela, uma vez que faz as aulas com as amigas e tem toda aquela questão da roupa, de vestir o collant e fazer o coque. Afinal, qual menina nunca sonhou em ser bailarina?”, comenta.

Durante a aula, as crianças também aprendem, por meio de atividades lúdicas, exercícios de coordenação motora, saltos, movimentos no solo e barra, bem como uma introdução às posições básicas da dança. Os objetivos principais, segundo a professora Marilda, são a diversão e o estímulo à imaginação.

“Dessa forma, é possível trabalhar noções de espaço, alongamento físico, trabalho em equipe, amor e respeito entre todos da sala de aula. O balé ainda desenvolve, gradualmente, um entendimento rítmico e musical, além da boa postura e coordenação motora”, explica a professora. “Claro que sempre respeitando o limite de cada aluno, e quanto mais cedo começar, melhor”.

 

Galeria

Confira a galeria de fotos