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Desafios

Acordo visa preservar a Real Fábrica de Ferro

28 de Setembro de 2024 às 21:00
Cruzeiro do Sul [email protected]
Instituições propõe ações mútuas voltadas à conservação do patrimônio histórico Real Fábrica de Ferro São João do Ipanema
Instituições propõe ações mútuas voltadas à conservação do patrimônio histórico Real Fábrica de Ferro São João do Ipanema (Crédito: Thais Marcolino)

Um acordo entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) propõe ações mútuas voltadas à conservação do patrimônio histórico Real Fábrica de Ferro São João do Ipanema, que completou 60 anos de tombamento no último dia 24. A cerimônia ocorreu ontem (28), na Casa de Armas Brancas, localizada na Floresta Nacional de Ipanema (Flona) — que ocupa áreas de Iperó, Araçoiaba da Serra e Capela do Alto.

Com o tema “Os remanescentes da Real Fábrica de Ferro São João do Ipanema: Desafios e Expectativas”, os representantes das universidades, Flona e órgão federal expuseram exemplos de conservação em siderurgias no exterior que podem ser usadas na Real Fábrica para desenvolver educação patrimonial, garantir que o sítio histórico conserve as características originárias e não deixar que, após uma manutenção, entre novamente em estado de degradação, entre outros.

O superintendente do Iphan no Estado de São Paulo, Danilo de Barros Nunes, por sua vez, destacou a importância de celebrar o tombamento. “Na verdade, a gente celebra os processos daqui para entender o que vem agora. O tombamento tem um sentido de existir, mas vem seguido do uso, da conservação, da responsabilidade, e é disso que falamos também”, disse.

As pesquisas visando a conservação do patrimônio devem ser iniciadas nos próximos meses. “A Fábrica não é a parte principal, mas, no caso da Flona, é uma parte integrante e inseparável; então tem toda uma história. Esse acordo incentiva as pesquisas, que assim abrem a possibilidade de entender melhor o que aconteceu por aqui em relação à arquitetura, por exemplo, e também à biodiversidade”, comentou Fernando Tizianel, chefe da Flona. (Thaís Marcolino)