Empreendedorismo
Pequenos negócios fortalecem a economia de Sorocaba
Em Sorocaba, há mais de 103,4 mil empreendedores
Os pequenos negócios, como a padaria da esquina e a loja de roupa do bairro, fazem parte não somente do cotidiano, mas também da economia brasileira. Segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), os empreendimentos locais representam cerca de 27% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Em Sorocaba, o cenário não é diferente, mais de 103,4 mil pessoas estão à frente do seu próprio negócio.
Neste contexto, o presidente da Associação Comercial de Sorocaba (Acso), Hygor Duarte, enxerga que as micro e pequenas empresas são o motor do Brasil, uma vez que são as principais responsáveis pela geração de emprego e movimentação da economia. “As grandes companhias possuem os seus papéis, mas os pequenos são a maioria”, aponta.
Entre os milhares de empreendedores sorocabanos, está Fabiano Amorim, de 45 anos, proprietário, junto ao pai, de uma loja de baterias automotivas. Há 25 anos no mesmo local, em uma esquina da avenida Washington Luiz, a Amorim Baterias é uma empresa familiar, passada de geração em geração.
Atualmente, a Amorim Bateria, com os seus quatro funcionários, é classificada como uma Microempresa (ME). Nestes 20 anos acompanhando de perto o desempenho do estabelecimento, Fabiano avalia Sorocaba como uma cidade próspera para os pequenos negócios, apesar dos altos impostos. “Nós, empreendedores, deveríamos ser mais valorizados, até porque somos a maioria no município”, pontua.
Benefícios para o Microempresário
No universo dos pequenos negócios, existem três categorias: o Microempreendedor Individual (MEI), destinado às pessoas jurídicas que faturam até R$ 81 mil por ano; em seguida, a Microempresa (ME), estabelecimentos com até nove funcionários e uma renda anual de, no máximo, R$ 360 mil; a Empresa de Pequeno Porte (EPP), por sua vez, possuem uma receita de R$ 4,8 milhões.
Do ponto de vista de Hygor Duarte, a principal vantagem de um microempresário é a oportunidade de corrigir erros com agilidade. Para explicar melhor, o presidente da Associação Comercial de Sorocaba utiliza veículos aquáticos como exemplo:
“Uma pequena empresa consegue fazer manobras de jet ski, enquanto uma grande se torna um transatlântico. Neste cenário, a manobra do barco maior é muito mais complicada. Portanto, a pequena empresa pode errar, testar e corrigir rápido, enquanto uma grande empresa muitas vezes não consegue”
Para Hygor, as palavras “micro” e “pequeno” não devem ser limitadoras, isto é, o empreendedor necessita aspirar grande. Os proprietários precisam entender que pedir ajuda é necessário, bem como se profissionalizar, estar em uma sala de aula e aprender”, enfatiza.
Estratégias de Crescimento
Há quase cinco anos, Karen Melissa Laureano, de 47 anos, assumiu a frente de uma loja de enxovais. “Sempre tive o desejo de contribuir, até mesmo por um princípio cristão. Eu queria gerar empregos, trabalhar e crescer ao lado de outras pessoas, e foi assim que assumi a administração da Kasa Enxovais”, relata Karen.
Com duas unidades, uma em Sorocaba e outra em Votorantim, a loja é considerada uma Empresa de Pequeno Porte. Uma das estratégias usadas pela proprietária é investir em bom atendimento e, consequentemente, treinamento para as vendedoras.
“O atendimento é um diferencial, ainda mais com as compras online, que ganham os consumidores pela praticidade”, explica Karen. Ela ainda cita a vantagem de se especializar em determinado nicho e, neste cenário, oferecer uma diversidade maior de peças.
Para a empresária, o empreendedorismo é cheio de surpresas, oportunidades e dificuldades. Nós vivemos momentos econômicos turbulentos, mas acredito que esse cenário sempre existirá, portanto, precisamos aproveitar as oportunidades”, finaliza.
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