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Fora dos padrões

Construção de antena segue desrespeitando embargo

A obra foi embargada na quarta-feira (30) pela Prefeitura, contudo, funcionários continuam trabalhando

02 de Novembro de 2024 às 14:57
Da Redação [email protected]
Segundo moradores, o ponto onde a antena estava sendo erguida fica muito perto das casas, sem respeitar distância mínima e com riscos à saúde
Segundo moradores, o ponto onde a antena estava sendo erguida fica muito perto das casas, sem respeitar distância mínima e com riscos à saúde (Crédito: Fábio Rogério)

Uma moradora do condomínio Granja Olga flagrou, na manhã deste sábado (2), funcionários trabalhando na construção da antena de telefonia. A obra, localizada na avenida São Paulo, foi embargada pela Prefeitura na quarta-feira (30), devido à ausência de alvará. No entanto, mesmo com a determinação, os serviços continuaram.

Em nota enviada ao Cruzeiro do Sul nesta sexta-feira (1º), a Administração Municipal informou que, em razão do descumprimento da medida, a empresa foi multada e notificada. “A Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano (Seplan) analisa o caso a fim de adotar medidas judiciais cabíveis se a montagem da antena continuar mesmo sem o amparo legal”, acrescentou. 

O Cruzeiro do Sul questionou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a respeito das obras, bem como algumas operadoras da região, com o objetivo de descobrir a responsável pela construção da antena. Até o momento, nenhuma das empresas se manifestaram e o espaço segue em aberto. 

Relembre o Caso 

A construção da antena de telefonia, a princípio, incomodou moradores dos condomínios residenciais da região. Na sexta-feira, o Cruzeiro do Sul foi até o local para ouvir algumas pessoas.

Claudia Veterite, uma das residentes, se posicionou contra a instalação do aparelho. "Não sou a favor, pois não terá distância suficiente para que nossa saúde não seja afetada, já que existem estudos que comprovam o aumento da incidência de leucemia em crianças e adultos devido à irradiação magnética. Além da distância mínima ser de 100 metros de onde haja concentração de pessoas, no caso os condomínios", aponta.

Neste mesmo sentido, Camila Piloto também mostrou indignação. "Existem diversos estudos que afirmam que as radiofrequências das antenas de celulares 5G são mais perigosas, aumentando o risco de câncer, demência, dificuldade de concentração entre outros. Outro ponto, é a desvalorização dos imóveis. Esta é uma região bem valorizada, vamos permitir transformá-la em uma região sem valor comercial devido à instalação de uma antena? Como moradora e proprietária, questiono os benefícios da instalação desta antena em nosso bairro", questiona a moradora.