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Tributos

Sorocaba se destaca na arrecadação de impostos

Itu também aparece em ranking do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação; São Paulo lidera a lista

09 de Novembro de 2024 às 21:00
Geraldo Almeida: corredor entre Campinas e Sorocaba concentra parte significativa do PIB industrial
Geraldo Almeida: corredor entre Campinas e Sorocaba concentra parte significativa do PIB industrial (Crédito: VINICIUS CAMARGO)


Um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) revelou o ranking dos cem municípios brasileiros com maior arrecadação de impostos em 2023.

O levantamento coloca Sorocaba na 22ª posição, com uma arrecadação de R$ 17,39 bilhões, superando várias capitais estaduais. Itu, cidade que integra a Região Metropolitana de Sorocaba, aparece na 79ª posição, com R$ 4,91 bilhões arrecadados.

São Paulo lidera a lista, com arrecadação de R$ 834 bilhões, seguido por Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG). No entanto, a ascensão de Sorocaba e Itu, entre outras cidades do interior paulista, foi um dos destaques da pesquisa.

“O resultado apresentado no estudo reflete uma situação que já se avistava como verdadeira, que é a pujança do Estado de São Paulo e a grande força dos seus municípios interioranos, onde as cidades de Sorocaba, Itu, Campinas e Jundiaí se destacam pelos seus constantes crescimentos econômicos e por serem fomentadores de riqueza para seus habitantes”, afirma João Eloi Olenike, presidente do IBPT.

O levantamento também revela que a maior parte da arrecadação tributária está concentrada nas regiões Sudeste e Sul, que representam, juntas, 80% do total arrecadado.

Sorocaba, com sua economia robusta e forte no setor industrial, exemplifica o crescimento das cidades interioranas, que têm se tornado polos importantes de geração de renda e tributos.

Além disso, o estudo mostrou que, entre os cem municípios com maior arrecadação, 56 estão no Sudeste e 24 no Sul. Sorocaba e Itu, com economias diversificadas e em constante expansão, são exemplos claros do fortalecimento do interior paulista.

“Não temos como comentar o crescimento em participação dessas cidades, em virtude desse ser o primeiro estudo e, assim, não termos padrões comparativos, mas como já frisamos, essas duas cidades demonstram um grau muito alto de desenvolvimento em termos de geração de renda e emprego e, consequentemente, de arrecadação de tributo”, acrescenta Olenike.

Em relação à arrecadação per capita, os municípios com maior arrecadação por habitante também são, em grande parte, do Sudeste. Barueri, Osasco, São Paulo e Campinas são alguns dos principais destaques do ranking.

O estudo do IBPT analisa dados de 5.570 municípios e considera tributos municipais, estaduais e federais. A pesquisa é realizada com base em dados de 2023 e utiliza informações da Receita Federal, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), além de dados populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para compilar o ranking das cidades com maior arrecadação e analisar a contribuição de cada uma delas para o total arrecadado no país.

Impulso econômico

Com 39 cidades, São Paulo foi o Estado com maior número de municípios na lista dos cem mais arrecadadores, seguido por Minas Gerais (nove cidades) e Rio Grande do Sul (sete cidades).

Segundo o economista Geraldo Almeida, “São Paulo é como um bolo bem recheado, com diversos sabores, que representa a variedade econômica do Estado”.

Ele destaca que o ecossistema paulista abrange setores como indústria, serviços, tecnologia, logística e, principalmente, inovação, o que coloca São Paulo em uma posição de protagonismo no Brasil. “A Capital é um grande centro financeiro, sede de multinacionais, com um setor de serviços robusto. Cidades como Osasco e Barueri também mostram essa força nos serviços, enquanto Campinas e Jundiaí se destacam pela tecnologia e inovação, atraindo indústrias e reforçando sua posição como polos econômicos importantes”, complementa.

Geraldo Almeida explica ainda que o corredor entre Campinas e Sorocaba, conhecido como o “corredor asiático,” concentra uma parte significativa do PIB industrial do Estado. “Antes, o Ciesp [Centro das Indústrias do Estado de São Paulo] estimava que 33% do PIB industrial estava entre Sorocaba e Campinas.”

Sorocaba, com um polo industrial diversificado, e Itu, com um setor industrial forte, exemplificam o crescimento das cidades interioranas, muitas vezes superando capitais brasileiras em desenvolvimento econômico.

Por isso, o economista também menciona a importância do agronegócio, especialmente em regiões como Itapetininga, que é o maior exportador de soja do Estado. “Esse conjunto de fatores, aliado ao foco em inovação e tecnologia, garante que São Paulo continue como um grande protagonista no cenário econômico brasileiro,” afirma.

Geraldo Almeida observa que a logística é outro setor em crescimento, impulsionado pelo e-commerce, reforçando ainda mais a diversidade e a resiliência da economia paulista. (Fernanda Marques)

 

 

 

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