Bom momento
Sorocaba e região projetam crescimento nos setores imobiliários e de construção
Aumento é impulsionado pela compra de imóveis e pelo aumento na demanda por materiais de construção
O setor imobiliário e de construção civil em Sorocaba e na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) apresenta projeções de crescimento robusto para este ano, de acordo com a pesquisa IPC Maps, que avalia o potencial de consumo no Brasil.
Com aumentos expressivos tanto na aquisição de imóveis quanto no consumo de materiais de construção, a cidade e a região devem movimentar bilhões, acompanhando uma tendência nacional de expansão.
Sorocaba, por exemplo, está no centro deste crescimento. De acordo com a pesquisa, o potencial de consumo da cidade nos setores de construção e imobiliário devem atingir R$ 1,76 bilhão em 2024, um salto de 10,3% em relação ao ano anterior, quando o volume de recursos foi de R$ 1,60 bilhão.
O crescimento se reflete especialmente na aquisição de imóveis, que deve movimentar R$ 478,85 milhões, representando uma alta de 10,3% em comparação a 2023. Já o setor de materiais de construção, que engloba desde pequenas reformas até grandes obras, deve movimentar R$ 1,28 bilhão, também com crescimento de 10,3%.
Este aumento de consumo está diretamente ligado ao número de empresas no setor, que tem se expandido rapidamente. Em 2024, Sorocaba terá 12.563 estabelecimentos no segmento de construção — crescimento de 12,4% se comparado aos 11.176 de 2023.
Dentre esses, o comércio varejista de materiais de construção terá um incremento de 7,1%, enquanto a indústria da construção crescerá expressivos 13,6%, demonstrando a força do setor no município.
Expansão na RMS
Na Região Metropolitana de Sorocaba, o crescimento também é notável. O consumo nos setores de construção e imobiliário deve alcançar R$ 4,54 bilhões em 2024, o que representa aumento de 7,6% em relação ao ano anterior.
Já o segmento de compra de imóveis deve crescer 7,3%, movimentando R$ 1,14 bilhão, enquanto o setor de materiais deve ver um acréscimo de 7,7%, alcançando R$ 3,40 bilhões.
Assim como em Sorocaba, o número de empresas no setor de construção na RMS também está em expansão. A região contará como 33.214 estabelecimentos em 2024 — aumento de 11,9% em comparação aos 29.681 de 2023.
Este crescimento reflete tanto o aumento de 5,8% no comércio varejista de construção quanto os 13,6% de alta na indústria da construção.
Opinião de economista
Para o economista Paulo Ribeiro, o crescimento dos setores imobiliário e de construção civil em Sorocaba e na RMS reflete uma combinação de fatores econômicos e demográficos.
“A expansão desses setores está diretamente relacionada à retomada do crescimento econômico, a uma maior confiança do consumidor e à disponibilidade de crédito imobiliário com condições mais favoráveis”, explica.
Paulo Ribeiro acrescenta que Sorocaba, assim como a RMS, tem atraído cada vez mais investimentos devido à sua localização estratégica, o que facilita o desenvolvimento tanto residencial quanto industrial. “Com a chegada de novos moradores e a expansão das atividades econômicas, a demanda por imóveis e materiais de construção aumenta naturalmente.”
Ele também destaca que a criação de empresas no setor, especialmente a indústria da construção, é um indicativo de que o mercado está em plena recuperação. “A abertura de mais de 1.300 estabelecimentos ligados à construção, só em Sorocaba, demonstra que o setor está se consolidando como um dos pilares da economia local. Isso gera emprego, aumenta a arrecadação e dinamiza outros segmentos da economia, como o comércio e os serviços especializados”, afirma.
Tendência nacional
O crescimento observado em Sorocaba e na RMS segue uma tendência nacional de expansão do setor imobiliário e de construção civil. Segundo a pesquisa IPC Maps, o Brasil deverá movimentar cerca de R$ 370,6 bilhões até o fim deste ano, sendo que a aquisição de imóveis é o principal motor deste crescimento, com um aumento estimado de 10,3% no consumo.
O Estado de São Paulo, que responde por uma parcela significativa deste mercado, deverá concentrar R$ 105,2 bilhões em gastos.
Entretanto, Paulo Ribeiro alerta que o cenário econômico futuro pode influenciar o ritmo deste crescimento: “É preciso considerar o impacto das políticas econômicas, a taxa de juros e a disponibilidade de crédito. Embora o cenário seja positivo, esses fatores podem alterar o comportamento do consumidor e o ritmo de novos lançamentos imobiliários ou projetos de construção”, conclui. (João Frizo
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