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Instituição de Ensino de Sorocaba

Escola Getúlio Vargas vence Campeonato Brasileiro de Bandas e Fanfarras, em Amparo

Os ensaios ocorriam duas vezes por semana, durante duas horas por dia

26 de Novembro de 2024 às 22:10
Vinicius Camargo [email protected]
Com 70 integrantes, a banda é formada por alunos do 4º ao 9º anos do ensino fundamental, com idades entre 9 e 15 anos
Com 70 integrantes, a banda é formada por alunos do 4º ao 9º anos do ensino fundamental, com idades entre 9 e 15 anos (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO (26/11/2024))

A Escola Municipal Getúlio Vargas, de Sorocaba, foi campeã em cinco categorias no Campeonato Brasileiro de Bandas e Fanfarras. O evento foi realizado no último domingo (24), em Amparo. Os sorocabanos concorreram na modalidade banda marcial de percussão com liras. Ontem (26), a Prefeitura de Sorocaba realizou, na instituição, uma homenagem à fanfarra.

Com 70 integrantes, a banda é formada por alunos do 4º ao 9º anos do ensino fundamental, com idades entre 9 e 15 anos. A escola interrompeu a participação por três anos, devido à pandemia de Covid-19, e retomou em 2023. No ano passado, o foco foi na preparação para as competições de 2024. Os ensaios ocorriam duas vezes por semana, durante duas horas por dia. A estratégia deu certo e o retorno foi marcado por uma sequência de vitórias.

Segundo a professora Alessandra Costa, responsável pela fanfarra, os estudantes conquistaram o campeonato estadual em setembro. Eles enfrentaram 13 adversários e, com o resultado, classificaram-se para a etapa nacional. No Brasileiro, encararam dez concorrentes e levaram a melhor em cinco categorias. São elas: pavilhão cívico, baliza feminina, mór (puxador), corpos coreográfico e musical.

Para a educadora, o repertório composto exclusivamente por músicas brasileiras foi o diferencial do grupo e o fator que mais agradou os jurados. Agora, a equipe entra em férias e volta no início de 2025, quando inicia os treinos para as disputas do próximo ano.

Orgulho

O sorriso de Alessandra traduz o seu orgulho pelo resultado. Inclusive, ela escolhe essa palavra diversas vezes para definir seu sentimento em relação ao desempenho das crianças e adolescentes. De acordo com a professora, além dos troféus coletivos, todos ganharam um prêmio individual — o desenvolvimento de princípios importantes para a vida. “Eu percebo o amadurecimento das crianças. Elas melhoraram a determinação, o comprometimento, a responsabilidade como um todo”, comenta, acrescentando a capacidade de trabalhar em equipe como outra habilidade aprimorada.

Ainda conforme ela, a banda tem como objetivo justamente ensinar os membros a ser pessoas melhores, por meio da arte e da cultura. Outra intenção é motivá-los a nunca desistirem das suas metas. “Queremos mostrar que eles podem chegar muito longe e alcançar os seus sonhos”, comenta. O hobby também ajuda os estudantes a superar dificuldades.

A docente diz já ter recebido relatos de pais cujos filhos superaram os problemas de relacionamento interpessoal e a timidez após entrarem para a equipe. Entre esses retornos, um a marcou bastante. “Teve uma mãe que falou que a filha saiu da depressão”.

Felicidade compartilhada

Os jovens membros da banda compartilham da felicidade de Alessandra. Matriculada no 9º ano do ensino médio, Manuela Silva Celestrim, 15, — tocadora de lira — surpreendeu-se com o resultado. “Ganhar esses prêmios foi uma honra e a nossa maior alegria. Nós nunca pensamos que chegaríamos nesse lugar”, fala. Para ela, a conquista se deve, sobretudo, à união do grupo.

Inclusive, a garota conta ter entendido a importância de estreitar relações, para que, juntos, todos alcancem um ideal comum. Por isso, se aproximou de pessoas com quem não tinha muito contato, embora convivessem no mesmo espaço. Destas, várias viraram grandes amigas. Ela também se tornou uma aluna melhor. “(...) Porque, para ficar na fanfarra, tem de ter boas notas”, justifica.

Cursando o 6º ano e tocador de caixa, Pedro Rafael Soares dos Santos Prestes, 12, obteve aprendizados semelhantes aos da colega. No caso dele, entre todas as lições, uma se sobressai — com as conquistas, aprendeu a ter mais autoconfiança. “Foi uma coisa maravilhosa, porque, como era a nossa primeira e não sabíamos como seria, nós não tínhamos esperança, mas deu tudo certo”, finaliza.

 

 

 

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