A rua Leopoldo Machado e outras áreas próximas ao Terminal São Paulo e ao Poupatempo, pontos de intensa movimentação de pedestres e transporte público, refletem uma realidade que gera preocupação. Relatos de buracos nas calçadas, violência, acúmulo de lixo e falta de iluminação destacam a urgência de uma revitalização abrangente. A comunidade local pede ações imediatas.

Um dos principais problemas apontados por quem circula pela região é a deterioração das calçadas. Um leitor do Cruzeiro do Sul, que preferiu não se identificar e que utiliza diariamente os ônibus no Terminal São Paulo, descreve a situação. “A calçada em frente ao terminal tem vários pisos faltando. Já vi gente idosa tropeçando ali. É perigoso e desconfortável para quem usa esse espaço todos os dias. Além disso, um gramado abandonado entre o terminal e os pontos de ônibus poderia ser revitalizado com árvores e plantas, trazendo vida e um aspecto mais acolhedor”, diz.

A acessibilidade é outro ponto crítico. Outro usuário do terminal que também não quis se identificar, comentou: “Buracos e calçadas irregulares dificultam a passagem de cadeirantes e idosos. Tenho que andar com muito cuidado para minha sogra não cair. A região deveria ter calçadas amplas, planas e com rampas de acesso adequadas”.

Problemas sociais

A presença de pessoas em situação de rua na região é um tema delicado, mas que exige soluções, de

acordo com comerciantes locais. Amanda Moura Gonçalves, comerciante da rua Leopoldo Machado, destacou os impactos desse cenário no cotidiano dos moradores e trabalhadores. “Muitas vezes há brigas entre os moradores de rua. Já vi vandalismo, como quando quebraram o vidro de um carro estacionado em frente ao terminal. Além disso, cenas de overdose são comuns, e não vemos ações concretas da polícia ou assistência social.”

Iluminação e segurança

Falhas na iluminação pública são outro problema sério, especialmente na avenida Dom Aguirre, debaixo da ponte Francisco Dell’Osso e do pontilhão ferroviário ao lado. Quem utiliza a ciclovia da região relata situações preocupantes: “À noite, a escuridão embaixo da ponte é assustadora. Já vi usuários de drogas e pessoas suspeitas por ali. É um ponto perigoso para quem anda de bicicleta ou a pé. A ciclovia, que deveria ser um espaço seguro, virou uma área de risco”, diz o leitor do Cruzeiro que prefere não se identificar na reportagem.

Sobre a área em torno da rua Leopoldo Machado, ele observa que é um ponto estratégico da cidade, com

intenso fluxo de pessoas e ônibus intermunicipais. “Melhorar esse espaço é beneficiar toda a população”, considera.

Impacto no comércio

Os comerciantes da rua Leopoldo Machado também sofrem com os desafios enfrentados pela região. Amanda Moura mencionou como os problemas sociais afetam os negócios. “As pessoas têm medo de passar por aqui à noite. Isso afeta diretamente o comércio, já que menos clientes frequentam a área. É preciso investir em segurança e em uma revitalização que valorize os espaços”, diz ela.

Outro ponto destacado pela funcionária de um escritório, Manuely Lopes da Conceição, foi o impacto dos alagamentos. “Quando chove forte, a rua alaga. Já tive que atravessar a água suja, e isso afasta clientes e prejudica a imagem do comércio local.”

Prefeitura

Em nota, a Secretaria de Serviços Públicos e Obras (Serpo) de Sorocaba informou que enviará uma equipe técnica para avaliar as condições da área e incluir as demandas na programação de serviços, considerando a disponibilidade orçamentária.

(João Frizo - programa de estágio)