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Calor à vista

Verão pede diversão, mas a segurança na água deve vir em primeiro lugar

Corpo de Bombeiros reforça que a prevenção e os cuidados são fundamentais para evitar afogamentos e acidentes

11 de Dezembro de 2024 às 21:00
Cruzeiro do Sul [email protected]
Com crianças, a atenção precisa ser ainda maior, pois elas podem entrar na água sem que um adulto perceba
Com crianças, a atenção precisa ser ainda maior, pois elas podem entrar na água sem que um adulto perceba (Crédito: ARQUIVO / JCS)

Com o calor escaldante, não há nada mais convidativo do que um mergulho em piscinas, rios ou represas para se refrescar. No entanto, o que começa como um momento de lazer pode acabar em tragédia se os cuidados necessários não forem tomados. Nesta época do ano, os casos de afogamento aumentam, como mostra o triste episódio ocorrido no início deste mês. Na ocasião, Francisco Aguiar, 60 anos, perdeu a vida na represa de Itaim, em Itu, Região Metropolitana de Sorocaba.

Francisco, que estava pescando com um amigo, entrou na água para amarrar uma rede e não conseguiu voltar à superfície. Mesmo com a tentativa de resgate do companheiro e a chegada do Corpo de Bombeiros, ele não resistiu. A tragédia chocou a comunidade onde Francisco era muito querido e acendeu o alerta para os perigos em ambientes aquáticos.

O Corpo de Bombeiros reforça que a prevenção é fundamental. Escolher lugares com salva-vidas ou sinalização adequada pode fazer toda a diferença. Respeitar placas de advertência e evitar nadar em águas desconhecidas ou consideradas perigosas são atitudes essenciais.

Antes de entrar na água, é importante evitar refeições pesadas ou o consumo de álcool, pois esses fatores podem aumentar o risco de acidentes. Mesmo quem sabe nadar deve ter cautela, já que muitos casos de afogamento envolvem pessoas experientes que subestimaram os perigos, informa o Corpo de Bombeiro de Sorocaba.

Com crianças, a atenção precisa ser ainda maior. Os Bombeiros pedem a supervisão constante, dizendo que é indispensável, pois elas podem entrar na água sem que um adulto perceba. Medidas como cercar piscinas, manter portões trancados e retirar brinquedos de bordas ajudam a evitar que os pequenos se aproximem sem segurança. Boias infláveis não são recomendadas pelos profissionais, já que podem escorregar ou furar.

Até mesmo em situações do dia a dia, como durante o banho em banheiras ou ao redor de baldes e caixas d’água, “é importante redobrar os cuidados, já que acidentes podem acontecer em poucos segundos”, diz o Corpo de Bombeiros, em nota.

Em locais como rios ou represas, conhecer o terreno é essencial. Evitar águas profundas, correntezas ou lugares como vegetação submersa diminui as chances de acidentes. “Sempre que possível, use colete salva-vidas ao navegar ou realizar atividades em embarcações”, orienta a corporação.

Caso presencie um afogamento, a recomendação é acionar imediatamente os bombeiros e evitar tentar salvar as pessoas sem treinamento, pois isso pode colocar mais vidas em risco. Uma alternativa mais segura, ainda segundo os bombeiros, é jogar objetos flutuantes ou cordas para ajudar a vítima até que o socorro chegue. (João Frizo - programa de estágio)