O fim do ano também é época para organizar armários, guarda-roupas e gavetas, se livrando de objetos e utensílios há muito tempo sem utilização. É uma maneira de deixar a casa mais organizada e liberar espaço para outras coisas que virão em 2025. Por isso, muitas pessoas aproveitam este período para procurar personal organizer — é um profissional que organiza ambientes de forma personalizada e funcional, de acordo com as necessidades de cada cliente — e se preparar para possíveis novidades.

Duas profissionais ouvidas pelo Cruzeiro do Sul garantem que, no fim do ano, sempre há um aumento na demanda, pois o desejo é de iniciar um novo ano com ambientes mais práticos e funcionais.

Solange Prado, 50 anos, destaca a importância do desapego. “Essa limpeza renova os espaços, reduz excessos e promove bem-estar, trazendo leveza mental e organização para começar o ano com mais equilíbrio”, comenta. Djeane Pedroso, 49, por sua vez, acrescenta que “casa organizada contribui para que a vida flua melhor, permite renovar a energia, melhora a circulação e o visual e promove economia de tempo e dinheiro”.

Ainda segundo Solange, “a organização acontece com planejamento, categorização e disposição funcional dos itens, promovendo praticidade e otimização dos espaços”. Além disso, Djeane diz que a palavra para essa tarefa é “desapego”. E completa: “É a palavra-chave na organização. Se em um ano não usou, é hora de reavaliar”.

No entanto, muitas pessoas ainda não sabem lidar com itens que possuem valor sentimental, mas que já não são úteis no dia a dia. Assim, as personals organizers aconselham o que pode ser feito em situações como esta. “Sugiro guardar apenas os itens mais significativos e destiná-los a um espaço específico, evitando que ocupem áreas de uso diário”, aconselha Solange.

Djeane, por sua vez, entende que o desapego de certos itens é um processo doloroso, pois já envolve as emoções. “Procuro sempre fazer uma caixa de recordações e também conversamos sobre se dedicar ao processo do desapego e analisar o sentimento que vem à tona.”

Fique atenta

Apesar do apego emocional, outro desafio na hora de fazer a limpeza é identificar o que realmente deve ser descartado e o que ainda pode ser útil. Solange orienta: “Avalie a frequência de uso e o estado do item. Se não for útil para você, mas estiver em boas condições, pode beneficiar outra pessoa, através de doação, venda e bazar. O que estiver quebrado, manchado, rasgado, ou seja, não está em condições de uso não destine a ninguém. Jogue fora”.

Além disso, é habitual que muitos cometam erros relacionados a organização. “Os mais comuns são acumular excessos, não categorizar itens e não definir locais fixos para cada objeto”, conta Solange. “Não arrisquem tirar tudo dos armários, as chances de não terminar é de 100%. Ao invés de organizar vai criar uma bagunça maior. Comecem por uma gaveta por dia”, complementa Djeane.

Depois de concluir a arrumação, é preciso obter estratégias para manter o espaço organizado. Por esse motivo, estabeleça categorias, devolva cada item ao seu lugar após o uso, revise os espaços periodicamente e tenha uma rotina de organização.

Do mesmo modo, algumas ferramentas auxiliam neste processo. É recomendado cestos, caixas, etiquetas e aplicativos de checklist, deixando cada item identificado e, assim, facilitando a rotina doméstica. (Lavínia Carvalho - programa de estágio)

DICAS

- Faça uma triagem dos itens, separando o que realmente serve e o que pode ser descartado ou doado
- Organize por categorias (doação, vendas e lixo) utilizando caixas e etiquetas para facilitar o acesso e a visualização
- Estabeleça um sistema de organização funcional, com espaços definidos para cada item
- De maneira periódica reserve um tempo para revisar e ajustar o que for necessário
- Liberte-se daquilo que já não te pertence