Dinheiro público
Custo anual com a criação de secretarias em Sorocaba supera os R$ 17 milhões
Valor total, considerando os quatro anos de mandato, será superior a R$ 70 milhões
A criação dos 75 cargos para atender às cinco novas secretarias, que deverão ser implementadas após aprovação do projeto de lei sobre a reorganização da estrutura administrativa da Prefeitura de Sorocaba, deve gerar um custo anual superior a R$ 17,7 milhões, considerando apenas salários, férias e décimo terceiro desses novos funcionários. A informação consta no PL 05/2025 apresentado na última sexta-feira (3) na Câmara Municipal. Somados durante os quatro anos de mandato, o valor ultrapassa os R$ 70 milhões.
O projeto foi aprovado com 17 votos a favor e 8 contrários. Alguns vereadores, inclusive, apresentaram emendas para barrar os 75 novos cargos e manter apenas a criação das secretarias, no entanto, as alterações não passaram e todos os cargos foram mantidos.
A matéria prevê a criação das seguintes pastas: Secretaria do Turismo; Secretaria da Inclusão e Transtorno do Espectro Autista; Secretaria da Mulher; Secretaria de Parcerias; Secretaria de Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Dessa maneira, ocorrerá a contratação de 5 novos secretários, com salário base de R$ 17,6 mil, 3 superintendentes, com salários de R$ 19,1 mil, 5 chefes de gabinetes com remuneração de 13,6 mil, e 62 assessores de gabinetes, com salário base de R$ 12,5 mil cada.
De acordo com o projeto, cada nova secretaria contará com um chefe de gabinete. Já os assessores serão redistribuídos de acordo com a complexidade de cada pasta, considerando a quantidade de projetos em andamento, próprios municipais e demandas de trabalho — conforme tabela abaixo.
Sessão extraordinária
O projeto de lei foi aprovado na Câmara de Sorocaba na sexta-feira (3) passada em sessão extraordinária que durou cerca de oito horas. Votaram a favor da reorganização da estrutura administrativa Alexandre da Horta (Solidariedade), Caio Oliveira (Republicanos), Claudio Sorocaba (PSD), Cristiano Passos (Republicanos), Fabio Simoa (Republicanos), Fausto Peres (Podemos), Fernando Dini (PP), Henri Arida (MDB), João Donizeti Silvestre (União Brasil), Jussara Fernandes (Republicanos), Luis Santos (Republicanos), Péricles Régis (Agir), Rodolfo Ganem (Podemos), Rogério Marques Munhoz (Agir), Silvano Jr. (Republicanos), Toninho Corredor (Agir) e Vinicius Aith (Republicanos).
Os votos contrários foram de Dylan Dantas (PL), Fernanda Garcia (PSOL), Iara Bernardi (PT), Ítalo Moreira (União Brasil), Izídio de Brito (PT), Raul Marcelo (PSOL), Roberto Freitas (PL) e Tatiane Costa (PL).
Na ocasião, a Câmara aprovou também o projeto do Executivo que pede autorização para contratar empréstimo de US$ 150 milhões (equivalente a cerca de R$ 930 milhões) com instituições financeiras nacionais e internacionais. A proposta foi acatada com 22 votos a favor e três contrários.
Reduzem gastos
Diferentemente do que ocorreu em Sorocaba, em algumas cidades do Brasil, os prefeitos assinaram decretos para a redução de gastos nos municípios. Um dos casos ocorreu em Jacareí, localizada também no Estado de São Paulo. Na cidade, o chefe do Executivo Celso Florêncio (PL) determinou a redução de pelo menos 40% dos gastos dos órgãos da prefeitura em decreto assinado na sexta-feira (3).
Já o prefeito de Goiânia (GO), Sandro Mabel (União Brasil) assinou um decreto que estabelece medidas temporárias de contenção de despesas na administração pública municipal. Entre as iniciativas estão a redução de nomeações de cargos e suspensão de pagamentos de alguns benefícios. O documento foi publicado em 2 de janeiro.
Galeria
Confira a galeria de fotos