Odores
Moradores denunciam precariedade na Estação de Tratamento de Esgoto Carandá
Segundo os relatos, faltam peças nas máquinas para operação adequada; Saae afirma que funcionamento está dentro dos parâmetros exigidos
Moradores do Residencial Carandá têm relatado problemas na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Carandá, que estaria operando de forma precária devido à falta de manutenção nos equipamentos. Entre as principais queixas, está o mau cheiro que afeta diretamente o bem-estar da comunidade, que exige soluções imediatas do poder público.
Segundo um dos moradores do bairro, que preferiu não se identificar, estão ocorrendo problemas no local há meses: “Não há manutenção nas máquinas responsáveis pelo tratamento de esgoto. Com as chuvas recentes, o lodo foi parar no rio, poluindo o manancial. A prefeitura informou que o contrato com a empresa que realizava a manutenção foi encerrado. A ETE Carandá está praticamente parada há muito tempo porque o contrato com a empresa venceu.”
Outro morador destacou a falta de estrutura como o maior problema enfrentado. “A gente percebe que os funcionários estão se esforçando, mas falta estrutura. A situação está longe do ideal. Nós pagamos nossos impostos e merecemos um serviço eficiente, sem transtornos como esse”.
Ausência de manutenção preventiva
Mais de um servidor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) Sorocaba confirmou que a ETE enfrenta dificuldades operacionais. Um deles, que terá a identidade preservada, revelou que nessa estação “ a máquina centrífuga, usada para desidratar o lodo, está parada há três meses porque falta uma peça. Sem ela, o lodo não pode ser tratado como deveria. São três batedores funcionando, mas o ideal nesse local seriam quatro equipamentos”.
Em nota, questionado sobre isso, o Saae explicou que: “os batedores operam 24 horas por dia, parando apenas em caso de queda de energia”.
A fonte chegou a dizer que na ETE Carandá existe um esforço por parte dos funcionários para manter o funcionamento da estação de forma manual: “O que deveria ser automático está sendo feito manualmente. A limpeza das grades e lixeiras continua regularmente, mas os funcionários precisam usar rastelos para retirar o lodo. A ETE está sobrevivendo no trabalho braçal, mas a situação precisa de solução”.
Posicionamento do Saae
O Saae/Sorocaba informou, em nota, que, mesmo com o encerramento do contrato com a empresa responsável pela manutenção, equipes próprias da autarquia têm realizado os serviços necessários. A autarquia também garantiu que: “a estação funciona 24 horas por dia e o tratamento do esgoto atende aos parâmetros legais e ambientais exigidos”. (João Frizo - programa de estágio)
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