O novo filhote de lontra (Lontra longicaudis) que vive no Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros desde outubro de 2024, ainda não tem nome, mas já está fazendo sucesso entre os visitantes. Encontrado recém-nascido e órfão, em São José dos Campos, ele foi resgatado e cuidado pela equipe de um Centro de Reabilitação de Animais Silvestres.

Desde que chegou a Sorocaba, com três meses de idade, a lontra recebe os cuidados necessários. A educadora ambiental do zoo local, Peônia Brito de Moraes Pereira, conta que primeiro o animal foi colocado em um tanque e depois no abrigo. “Todo animal que chega no zoológico precisa de uma quarentena para um período de adaptação”, acrescenta.

Com o mamífero habituado na cidade, a Secretaria do Meio Ambiente, Proteção e Bem-Estar Animal decidiu, então, promover uma campanha de votação para escolha do nome do bichinho. Peônia conta que, por trás desta ação, há também um outro objetivo: “É uma forma de chamar a atenção para o zoológico, para o papel que ele exerce, para a espécie, para os problemas da lontra e para a educação ambiental”. E acrescenta: “A gente usa as campanhas para chamar atenção para essas questões”.

O visitante tem quatro opções de nome para batizar a lontra — Jaguari, Lontrino, Mustelino e Pirajibu. A educadora ambiental ressalta que os nomes previamente selecionados têm de ter relação com a espécie. “É uma forma de informar o público sobre o animal”, afirma.

A votação on-line, que já começou, segue até a sexta-feira (17), pelo link https://tinyurl.com/nomedalontra. No sábado (18), os visitantes do zoo também poderão participar do concurso, das 9h30 às 12h30. A divulgação do nome mais votado e a entrega de um presente para a lontra estão marcados para o dia 25, às 11h, em frente ao recinto do animal.

Para Peônia, o presente à lontra é importante para o enriquecimento ambiental, já que ela não vive em um espaço natural. Seria uma maneira de fazer com que o tamanho do lugar não seja um problema, explica. “Pode ser um estímulo sensorial, um cheirinho para os felinos, uma bolinha, é uma forma de fazer com que o animal não tenha rotina, porque na natureza teria que se defender, caçar o alimento e procurar abrigo. Como aqui fica em um ambiente muito controlado, é uma ideia para manter o estímulo”, detalha.

Pegando fogo

A escolha do nome da lontra está pegando fogo. Em visita ao zoo, a família Ferreira, por exemplo, não entrou em consenso. Jéssica votou em Lontrino, Pedro em Mostelino e Bruno em Jaguari. A família de Talita Alves, 29 anos, escolheu Pirajibu, enquanto a turma de Eliana Silva, 54, também ficou dividida — Eliana escolheu Lontrino, já Rita de Cássia, Lua de Sofia Rodrigues Alves e Sol de Maia Rodrigues optaram por Mustelino.

De acordo com a Prefeitura de Sorocaba, até este momento, o nome Lontrino é o mais votado, com 49,4%, seguido de Mustelino (30,2%), Jaguari (13,4%) e Pirajibu (7%).

O zoológico

Para quem quiser conhecer a lontra, bem como outras espécies, o Parque Zoológico Municipal de Sorocaba está localizado na rua Theodoro Kaisel, 883, Vila Hortência, zona leste. Funciona de terça a domingo, das 9h às 17h, sendo que a bilheteria fica aberta até as 16h. Os ingressos custam R$ 8 para pessoas de 12 a 59 anos; e R$ 4 para crianças de 6 a 11 anos, além de estudantes dos ensinos fundamental, médio, técnico ou superior. Crianças com até 5 anos, idosos acima de 60 anos completos, e pessoa com deficiência são isentos de pagamento. (Lavínia Carvalho - programa de estágio)

 A ORIGEM DOS NOMES

- Jaguari — nome de um dos rios que faz parte da região do Vale do Paraíba, local onde a lontra foi resgatada

- Lontrino — nome científico da espécie, que é Lontra longicaudis

- Mustelino — nome da família que as lontras e ariranhas pertencem, que é a Família Mustelidae

- Pirajibu — nome de um dos principais rios que corta Sorocaba e que faz parte da Bacia Hidrográfica de Sorocaba e Médio Tietê