Produção de respiradores em Sorocaba prossegue até outubro
Em maio, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, esteve na planta local da Flex para acompanhar a produção. Crédito da foto: Divulgação / Secom Sorocaba
A produção de respiradores pulmonares pela Flex, multinacional com operações em Sorocaba, vai continuar até outubro. A informação foi confirmada pela Magnamed, companhia que assinou um contrato com o governo federal para o fornecimento dos equipamentos e que tem uma parceria com a planta instalada na cidade.
Os aparelhos destinam-se ao combate à pandemia do novo coronavírus e, de acordo com a Magnamed, 3.752 respiradores já foram fabricados na Flex e entregues. Até 30 de outubro, a multinacional ainda deve entregar outros 1.308 equipamentos. Inicialmente, o acordo previa que o Ministério da Saúde iria adquirir 6.500 respiradores, mas a empresa que assinou o contrato disse que o governo federal solicitou uma redução de 25% do total acertado.
Em nota, o Ministério da Saúde disse que está revendo os contratos de aquisição de respiradores com o objetivo de “otimizar a oferta, conforme a demanda dos gestores locais”. O valor inicial do contrato com a Magnamed era de R$ 322,5 milhões.
Trabalho 24 horas
A produção de respiradores na Flex foi noticiada pelo jornal Cruzeiro do Sul em março. O primeiro lote dos equipamentos foi entregue no fim de abril e, no mês seguinte, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, esteve na planta da multinacional para acompanhar o processo. “Essa aquisição nos dá muita segurança ao fornecimento desses equipamentos para dar suporte aos hospitais públicos no atendimento à população. Uma vez produzidos no Brasil, ganhamos autonomia perante as compras internacionais, que ainda estão frágeis”, afirmou Pontes, na ocasião.
Na época da visita, o vice-presidente da Flex, Leandro Santos, disse que a multinacional contava com 150 funcionários, divididos em três turnos, trabalhando 24 horas por dia para atender aos pedidos.
Contratos
Além do acordo de aquisição com a Magnamed, o governo federal assinou outros três contratos com empresas brasileiras para a produção de 15.300 respiradores pulmonares. Esses compromissos custam, ao todo, R$ 730,5 milhões.
Para o cumprimento do contrato com o Ministério da Saúde, a Magnamed fez parcerias com outras empresas, como Positivo Tecnologia, Suzano, Klabin e Flex.
Segundo o governo federal, os ministérios da Saúde e Economia realizaram um mapeamento do parque industrial nacional para identificar as capacidades de cada setor para o fornecimento dos respiradores pulmonares, que são usados no tratamento de pacientes com Covid-19.
Respiradores
Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 18 semanas, 8.637 respiradores pulmonares foram entregues a estados e municípios. Desse total, 5.135 foram enviados diretamente às esferas estaduais e outros 3.502 às municipais. Na plataforma de consulta, não há especificações sobre as cidades beneficiadas.
Os números também apontam que a região Sudeste é a que possui mais respiradores (2.592), seguida pelo Nordeste (2.295). O Centro-Oeste aparece em último lugar, com 1.072 respiradores recebidos. Nesta semana, o governo federal registra, por enquanto, a entrega de nove equipamentos para os estados de Mato Grosso e Tocantins. (Erick Rodrigues)