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Wilson Negrão defende ações contra os pancadões em Sorocaba

08 de Janeiro de 2020 às 00:01
Marcel Scinocca [email protected]

Wilson Negrão (ao centro) concedeu entrevista à Rádio Cruzeiro FM 92,3. Crédito da foto: Divulgação / Cruzeiro FM 92,3

O novo delegado seccional de Sorocaba, Wilson Negrão, defendeu mais ações em favor de motoristas de aplicativo e contra os chamados pancadões, em Sorocaba. As declarações foram feitas durante o Jornal da Cruzeiro, da Cruzeiro FM 92,3, desta terça-feira (7).

Wilson Negrão, respondendo a um ouvinte, também tratou dos chamados pancadões, os bailes funk que ocorrem em vários pontos de Sorocaba. Conforme ele, o trabalho é uma das suas prioridades. Ele garantiu que está sendo feito um mapeamento em torno do caso e a Polícia Civil já iniciou uma investigação sobre os fatos. “Dentre em breve estaremos desenvolvendo algumas operações e trazendo algum resultado para a sociedade”, diz.

Ainda sobre os pancadões e respondendo ao jornalista Rodrigo Gasparini, Negrão defendeu o uso da inteligência nos casos. “Tudo se resolve com inteligência e algumas sanções”, diz. Sobre essas sanções, ele defendeu a punição para quem usa som alto, por exemplo.

Na entrevista, que contou também com o delegado assistente Rodrigo Ayres, Negrão destacou as ações com participação da Polícia Civil para coibir o aumento dos casos de violência contra motoristas. “Nos preocupamos muito, principalmente com o crescimento dos aplicativos. Estávamos, inclusive, conversando essa semana na Seccional sobre a possibilidade de desenvolver algum aplicativo nesse sentido”, disse.

O dispositivo seria nos moldes do “Botão do Pânico”, usado em situação de violência contra a mulher em Sorocaba. O seccional, contou que também usa os serviços de transporte por aplicativo e falou na possibilidade implementar uma cartilha com orientações aos motoristas.

Ainda durante a entrevista, Negrão falou sobre a necessidade de integração das forças de segurança, incluindo Polícia Civil, Militar e Guarda Municipal. “Não existe conseguir combater o crime sozinho. Nós temos que, sempre, agir em conjunto”, afirmou. “O fim é um só: combater a criminalidade”, acrescentou.

Wilson Negrão, que tem 28 anos de atuação na área policial, ressaltou que a meta é humanizar a Polícia Civil, se aproximando mais da comunidade. “Prego sempre isso. Entendo a polícia dessa forma”, justifica.

Negrão também foi questionado pela bancada sobre a participação da Polícia Civil na Operação Dignidade, da Prefeitura de Sorocaba. “É um trabalho social que precisa ser feito”, disse. Para ele, entretanto, é preciso entender a situação e dar oportunidade, como inserir os indivíduos em situação de rua no mercado de trabalho. “Tem que oferecer dignidade para essas pessoas”, afirma.

Sobre a operação Casa de Papel, iniciada em abril de 2019, Negrão falou da importância dos trabalhos, mas destacou que foram feitas outras operações também de grande porte. Ele destacou ainda a necessidade de se ter cautela e embasamento no ordenamento jurídico na continuidade dos trabalhos. (Marcel Scinocca)