Olha o passarinho
Caburé
Nome popular: Caburé
Nome científico: Glaucidium brasilianum (Gmelin, 1788)
A caburé é uma pequena notável! Considerada uma das menores corujas do mundo, possui um canto estridente e bem alto, que pode ser ouvido de longe. Mede cerca de 15 centímetros (é isso mesmo, menor que um sabiá!), com envergadura de 31 centímetros e o peso médio de 60 gramas, sendo que os machos são menores que as fêmeas.
Essa corujinha possui duas colorações. Uma delas é cinza, com a cauda listrada de branco e o peito claro manchado de cinza, cor predominante de toda a plumagem. Já, a nuca possui penas diferentes, se assemelhando a dois olhos. Outra variação da coloração é marrom avermelhado, com a cauda e o peito com faixas brancas. Em geral, nas duas possíveis combinações de cores, as sobrancelhas são sempre bem destacadas e a testa possui estrias brancas. A coloração dos olhos é de um amarelo intenso e vibrante e o bico curvado e pontudo é marrom claro.
Possui diversos cantos diferentes em seu repertório. Os mais comuns são “tö-tö-tö” “uit-uit-uit” ou cantos mais roucos, como “churrup-churrup” “turr-turr-turr”. A voz da fêmea é bem mais alta. A caburé tem hábitos diurnos e crepusculares e seu canto é frequentemente ouvido durante o dia.
Têm uma dieta bem variada, comendo insetos, rãs, lagartixas, pequenas cobras e até mesmo outras aves, como pardais e sanhaços. Ficam empoleiradas em galhos altos e alçam um voo ágil e veloz para apanhar a presa com as garras. São caçadoras vorazes e podem capturar um animal de até quatro vezes o seu tamanho.
Vivem em bordas de matas, cerrados e campos com árvores, mas também nas cidades, em praças e parques. Os pés possuem quatro dedos dispostos de forma radial, com grandes garras, o que lhes conferem um ótimo reforço para agarrar as presas e se empoleirar em árvores e galhos.
Em período reprodutivo, fazem o ninho em buracos de árvores, cupinzeiros próximos ao chão ou em ninhos abandonados de outras aves (como pica-paus). Põe de dois a cinco ovos brancos e o tempo de incubação pode variar de 23 a 28 dias. A fêmea começa a chocar o ovo a partir da primeira postura, o que resulta em um tempo diferente de eclosão e um tamanho diverso de filhotes. Os adultos defendem o ninho com uma certa agressividade, inclusive podendo atacar pessoas que passam despercebidas próximas ao ninho. Após cinco semanas, os filhotes estão prontos o suficiente para saírem do ninho. Um fato interessante é que o macho pode entregar a presa para a fêmea durante o namoro, como se fosse um presente.
Faça a sua parte
As caburés são ótimas controladoras biológicas, com a predação de roedores e insetos que podem nos causar prejuízos. Assim, se mantivermos áreas verdes nas cidades, plantando árvores e protegendo nossos parques e áreas de reserva, podemos oferecer locais para essa simpática corujinha fazer seu ninho e continuar seu importante papel no controle biológico de alguns animais.
Elaboração: Coaves Kids e Secretaria do Meio Ambiente, Proteção e Bem-Estar Animal (Sema)