Você já leu na edição do Cruzeirinho do último dia 20 de novembro alguns projetos de plantio e cultivo de hortas orgânicas das escolas de Sorocaba como forma de ensinar, na prática, sobre a vida ambiental. Quem também está colocando a mão na massa, ou melhor, na terra, é um grupo de 40 alunos do 6º ao 9º ano da E.E. Genézia Izabel Cardoso Mencacci, no Jardim Novo Horizonte, em Sorocaba. Eles ganharam um motivo ainda mais especial para comer verduras na hora da merenda ao participar de todo o processo de plantio, cuidado e colheita de pés de vários tipos de alface ao longo de um período de pouco mais de três meses.

A Isabela Bassi Villerva, de 11 anos, é uma das estudantes que achou a experiência fantástica para aprender várias coisas. “O cultivo do meio ambiente é uma delas, aprendo também como são produzidos os alimentos e acho incrível vir pra cá para regar e podar algumas plantinhas e ainda comer o que ajudei a produzir”, contou.

Embora a colheita tenha acontecido recentemente, o projeto da horta não é de hoje. Ele acontece há um bom tempo e a cada ano vai ficando maior, com mais espaço e novos tipos de plantas. Atualmente os alunos têm acesso a variedades de alface, rúcula, tomate cereja, temperinhos, pé de café, banana, milho e jabuticaba.

A Alessandra Cristina Comoti Gonçalves, professora de ciências da escola e uma das responsáveis atuais pelo projeto, disse que os alunos também podem aplicar todo o conhecimento em outras disciplinas, como a metragem do terreno na matemática e a incidência solar e o desenvolvimento das plantas. “Um dos objetivos é que a horta se torne um laboratório ao céu aberto para eles e que no futuro isso seja autônomo dos alunos, que eles sejam responsáveis e os multiplicadores da iniciativa para as turmas mais novas”.

Tanto conhecimento tem sido absorvido pelas crianças e tem ultrapassado os muros da escola. O Alisson Fernandes Nonato da Silva, por exemplo, contou pra gente que passou a gostar ainda mais de comer as verduras por causa da horta e que, inclusive, já tem uma em casa e adora cuidar dela com todo conhecimento que adquiriu na escola.

Diferentemente do colega de sala, o Henzo Conte Josefik ainda não tem uma horta para chamar de sua em casa, mas não vê a hora dessa história mudar. “O espaço é bem pequeno, mas já aprendi que dá pra plantar nem que seja em um vasinho”. Para ele, a horta é a finalização de um processo cheio de aprendizado. “É poder sentir que hoje você saboreia algo que teve sua mão no processo”, finaliza o também estudante de 11 anos. (Thaís Marcolino)