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Dia dos Gêmeos

A incrível conexão entre gêmeos

Uma ligação especial que vai além da barriga da mamãe

22 de Março de 2025 às 20:30
Maria Clara e Maria Eduarda, 5 anos
Maria Clara e Maria Eduarda, 5 anos (Crédito: ARQUIVO PESSOAL)

A notícia da chegada de um bebê na família é sempre motivo de felicidade. No entanto, em alguns lares, essa alegria é em dose dupla, tripla e até quádrupla. A sensação de dividir a barriga da mãe e a vida com um irmão gêmeo é única, algo que só quem tem sabe. Em comemoração ao Dia dos Gêmeos, celebrado em 18 de março, o Cruzeirinho saiu às ruas para conhecer histórias de irmãos gêmeos.

Ao contrário do que se pensa, nem todos os gêmeos são idênticos. Além de personalidades e gostos, os irmãos podem ter aparências diferentes. Esse é o caso de Fiorella Vieira Bonilha e Maitê Vieira Bonilha, ambas de 6 anos. Enquanto a primeira é loira de olhos claros, a segunda, que nasceu três minutos depois, é morena de olhos castanhos. Apesar disso, a conexão entre elas é intensa.

“Fiorella e Maitê são inseparáveis. Elas fazem tudo juntas, desde os estudos até as atividades extracurriculares. É assim porque ambas gostam”, conta a arquiteta Branca Cristina Aguiar Vieira, mãe das meninas. “E quando uma se machuca e vai para o hospital, a outra sente muita falta”.

Elas nasceram no dia 7 de junho e, para a mãe, a emoção foi imensa. Branca revela que tanto ela quanto o marido não podiam ter filhos. Após três anos e dois meses tentando engravidar, a notícia da gestação pegou o casal de surpresa. “Eu fui muito abençoada, as meninas são um presente para minha vida. Claro, existem os desafios, principalmente quando elas eram bebês, mas as alegrias superam mil vezes as dificuldades”, afirma.

Maria Clara Bueno Pistilli e Maria Eduarda Bueno Pistilli, ambas de 5 anos, também são gêmeas, mas não compartilham a mesma aparência. Assim como Fiorella e Maitê, a cor dos cabelos e dos olhos das irmãs são diferentes. No entanto, as diferenças só apareceram quando elas cresceram.

“Quando as meninas eram pequenas, eu usava uma planilha para anotar algumas informações, como horário do mamá, remédio, banho e sono. Se eu não colocasse no papel, corria o risco de esquecer e alimentar uma delas duas vezes”, conta a mãe Thaís Bueno de Oliveira.

Além de compartilhar o leite e a barriga da mãe, as Marias, como são carinhosamente chamadas, dividem momentos de brincadeiras e cumplicidade. “É muito legal ter uma irmã gêmea. A parte mais divertida é andar de bicicleta e brincar de amarelinha”, conta Maria Eduarda.

Embora a notícia da gravidez tenha pegado a mãe de surpresa, sempre foi um desejo dela ser mãe de gêmeas. Quando criança, Thaís tinha duas bonecas favoritas, uma loira e uma morena. Ela dizia aos familiares que eram suas filhas.

“Quando as meninas nasceram, minha mãe logo lembrou das bonecas. Foi do jeito que eu queria quando criança. Além disso, as Marias são iguais às bonecas, uma loira e uma morena”, relembra Thaís.

E quando são idênticos?

Embora raros, também existem gêmeos idênticos. Esse é o caso de Theo Lemos de Almeida e Gael Lemos de Almeida, ambos de 7 anos. Atualmente, o que diferencia os irmãos é um centímetro de altura e quatro quilos. Mas, quando eram bebês, a mãe Evelin Lemos de Almeida colocava fita colorida e crachá nas roupinhas para identificá-los.

“Eles eram ainda mais parecidos. Agora estão começando a desenvolver traços próprios, mas antes eram muito iguais. Inclusive, já aconteceu de eu me confundir e alimentar um deles duas vezes. Até hoje, às vezes, troco e falo com o Theo achando que é o Gael, e vice-versa”, conta a mãe.

Para os meninos, ser gêmeos é muito legal. Além das brincadeiras, eles são companheiros de bagunça. A dupla se lembra de muitos momentos, como a vez em que trocaram de lugar no castigo. Na ocasião, Theo não podia sair do quarto, como forma de punição após aprontar, e pediu para mudar de roupa com Gael. Assim, ele saiu do cômodo e deixou o irmão no lugar.

“Também teve uma vez que empurramos o nosso berço, éramos pequenos ainda”, conta Gael, com um sorriso. “Mas, além da bagunça, também gostamos de jogar futebol e pescar”.

Segundo Evelin, os meninos são muito unidos, embora briguem às vezes. Ela se lembra de quando Gael levou uma bolada no rosto e, no entanto, quem chorou foi Theo. “Ele sentiu a dor do irmão. A conexão entre eles é muito forte”.

A farmacêutica Elisabethe Marvulle também é mãe de gêmeas idênticas. Elena Marvulle de Oliveira e Eloisa Marvulle de Oliveira têm 6 anos e são inseparáveis, até mesmo em momentos peculiares, como quando ficam doentes.

“Se uma fica doente, após três ou quatro dias a outra também fica. Quando vou ao médico com uma, e passa mais de uma hora, ela pede para ligar para a irmã. E até mesmo coisas simples do dia a dia, como ir ao banheiro, elas vão uma atrás da outra”, conta Elisabethe.

Dessa forma, a cumplicidade entre gêmeos, sendo idênticos ou não, vai muito além da barriga da mamãe. Muito além de um laço fraterno, eles compartilham uma amizade para toda a vida.

 

 

 

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