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Estresse desencadeia doença que afeta visão e pode levar à cegueira

Corioretinopatia Serosa Central afeta mais os homens entre 20 e 50 anos

17 de Novembro de 2021 às 00:47
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Arnaldo Bordon, chefe do Departamento de Retina do Hospital Oftalmológico Sorocaba (HOS).
Arnaldo Bordon, chefe do Departamento de Retina do Hospital Oftalmológico Sorocaba (HOS). (Crédito: DIVULGAÇÃO / Q! NOTÍCIA)

As consequências econômicas após quase dois anos de isolamento social -- como a recuperação lenta do comércio e serviço, o desemprego ainda alto e a renda menor --, o aumento recorrente do preço do combustível e as incertezas políticas formam um panorama de crescimento em ritmo “morno” da economia. Esse cenário de instabilidade econômica e política é palco ideal para o agravamento de crises de ansiedade e estresse, este último um dos fatores que contribui para o desencadeamento da Corioretinopatia Serosa Central, uma doença que afeta a área central da visão, formando uma espécie de bolha e que acomete a mácula, região importante da retina responsável pela visão de detalhes e cores.

“Aqui no Hospital Oftalmológico de Sorocaba, notamos um aumento de casos dessa doença exatamente durante esse período da pandemia. Na sua forma aguda, que é a mais comum, ocorre com mais frequência em homens entre 20 e 50 anos, embora a gente tenha percebido um aumento no número de mulheres acometidas também”, revela o chefe do Departamento de Retina do Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS), Dr. Arnaldo Bordon.

De acordo com o médico, a relação do estresse com a doença provavelmente está no cortisol endógeno, que é o corticoide produzido pelo corpo. “Todos os pacientes atendidos com a forma aguda da doença durante a pandemia tinham o estresse como pano de fundo. Porém, deve-se ressaltar que passar por um episódio ou período de estresse não é suficiente para desencadear a Serosa Central”, afirma o oftalmologista.

Os principais sintomas da doença são a alteração da tonalidade das cores em relação ao outro olho, diminuição e/ou distorção do tamanho da imagem e diminuição da visão. No entanto, Arnaldo Bordon lembra que esses sintomas são comuns a muitas outras doenças oculares. Assim, somente o médico oftalmologista consegue estabelecer o correto diagnóstico.

O maior risco da Serosa Central é ela se tornar crônica, o que pode causar perda irreparável da visão. “O paciente que tem esses sintomas deve consultar seu médico oftalmologista, pois muitas vezes já pode ter tido outras crises de forma subclínica (sem sintomas). Essas pessoas com mais crises são mais propensas a desenvolver a forma crônica, que é mais grave”, esclarece o especialista.

Seja para os casos de Serosa Central aguda ou crônica, o Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) conta com um corpo clínico de excelência, apto a diagnosticar essa e outras doenças. O auxílio de equipamentos ultramodernos, como o OCT de última geração e aparelhos de laser, permite o diagnóstico e tratamento dessa condição, oferecendo o que há de melhor visando sempre a qualidade de vida do paciente.

Mais informações podem ser obtidas pelo site www.bos.org.br ou pelo telefone: (15) 3212-7000. (Da Redação)