Segurança
País tem 3,9 milhões de animais em situação de vulnerabilidade
Esses animais correm risco maior de contraírem doenças ou de entrarem em condição de abandono. Crédito da foto: Pixabay.com
O Brasil tem 3,9 milhões de Animais em Condições de Vulnerabilidade (ACV), segundo levantamento recente realizado pelo Instituto Pet Brasil. Esse número representa 5% da população total de cães e gatos no Brasil. Do total da população ACV, cães representam 69% (2,69 milhões), enquanto os gatos correspondem a 31% (1,21 milhões).
Os Animais em Condição de Vulnerabilidade são aqueles que vivem sob tutela das famílias classificadas abaixo da linha de pobreza, ou que vivem nas ruas, mas recebem cuidados de pessoas. São animais que correm risco maior de contraírem doenças ou de entrarem em condição de abandono.
Neste cenário, o incentivo ao registro dos pets torna-se essencial. É aí que entram iniciativas de registro e identificação como o RG Pet, banco de dados de animais de estimação do Instituto Pet Brasil.
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“O RG Pet é uma forma de identificação do animal de estimação em um banco de dados oficial. Isso é feito por meio de um código único para cada pet, que deve carregar consigo uma plaquinha com esse número”, afirma Nelo Marracini Neto, vice-presidente de Comércio e Serviços do IPB. “Essa identificação facilita a localização em caso de fuga do animal e é importante para que o poder público possa definir políticas específicas sobre a população animal por meio de uma base de dados confiável.”
Animais abandonados
Não estão incluídos entre os AVC os animais abandonados, que são aqueles que vivem por um determinado tempo sem um tutor definido. A maioria desses pets abandonados vivem sob tutela de Organizações não Governamentais (Ongs), denominadas popularmente como Proteção Animal, ou protetores que assumem a responsabilidade de manter esses animais e promover a adoção voluntária.
O levantamento do Instituto Pet Brasil apurou a existência de 370 Ongs atuando na proteção animal. Dessas 46%, ou 169 Ongs, estão na região Sudeste, seguida pelas regiões Sul (18%), Nordeste (17%), Norte (12%) e, por fim, Centro-Oeste (7%). Essas instituições tutelam mais de 172 mil animais. Desses, 165.200 (96%) são cães e 6.883 (4%) são gatos.
As Ongs e protetores forneceram informações diversas sobre a sua capacidade de acolhimento e o acolhimento real do momento. Com base nesses dados, o IPB classificou as entidades e estimou sua capacidade máxima de acolhimento. As de pequeno porte conseguem abrigar até cem animais, as de médio porte, de 101 a 500, e as de grande porte abrigam mais de 501 animais.
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O acolhimento máximo foi estimado de acordo com os critérios de classificação definidos pelo Instituto Pet Brasil, com base nesses critérios e observando as características das Ongs, o Brasil possuí hoje 172.083 animais abandonados sob a tutela dessas entidades e grupos de protetores. Dos mais de 172 mil animais tutelados, 165.200 (96%) são cães e 6.883 (4%) são gatos. Os abrigos de médio porte destacam-se por tutelar mais de 89 mil animais. Portanto, são responsáveis por mais de 52% da população de pets disponíveis para adoção.
De acordo com os dados, 0,22% da população total de cães, de 54,2 milhões, e de gatos, de 23,9 milhões, evolui efetivamente para a condição de abandono. “Segundo esses números, verificamos que 4% dos animais em condição de vulnerabilidade evoluem para o abandono completo. Nesse caso, conseguimos dizer com segurança que eles são acolhidos por entidades de proteção”, afirma Nelo Marracini Neto. (Portal Melhores Amigos)