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BENÊ GOMES

Fábrica da Toyota em Sorocaba é vitrine do pioneirismo tecnológico da marca

Unidade vai ser ampliada para receber um novo modelo híbrido flex

07 de Dezembro de 2024 às 21:00
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Hilux movida a biometano: protótipo foi apresentado durante encontro do G20, em Foz do Iguaçu (PR), em outubro
Hilux movida a biometano: protótipo foi apresentado durante encontro do G20, em Foz do Iguaçu (PR), em outubro (Crédito: DIVULGAÇÃO)

Fabricante que mais vendeu automóveis no mundo nos últimos quatro anos consecutivos, a Toyota bateu seu próprio recorde com mais de 11 milhões de veículos comercializados no planeta. Resultado também do desempenho no mercado brasileiro, onde está presente desde 1958, quando montou sua primeira unidade fabril fora do Japão para produzir aqui o lendário utilitário Bandeirante. De lá para cá, muitos investimentos realizados no país, com destaque para a construção da moderna fábrica de Sorocaba. Inaugurada em 2012, a unidade contribuiu decisivamente para o fortalecimento da economia local, promovendo grande geração de empregos e renda para a comunidade da região. Isso porque, junto à planta de automóveis, foi criado um robusto Polo Industrial, formado pelos grandes fornecedores da marca.

Essa é uma estratégia para otimizar a logística, mas que trouxe a reboque uma cadeia positiva: redução da circulação de caminhões, do consumo de combustível, de emissões de gases e do uso de energia e água, o que efetivou o compromisso da empresa com ações sustentáveis. Expressiva também foi a oportunidade criada para estimular a formação de mão de obra especializada em Sorocaba para atender os novos postos de trabalho, o que, por consequência, acelerou ainda mais a economia local. Para se ter uma ideia, desde o início das operações da fábrica, já foi produzido 1.315.000 veículos em Sorocaba, dos quais, 443 mil, foram exportados para 22 países da América Latina e Caribe.

Pioneirismo com a tecnologia híbrida flex

Um dos maiores projetos da Toyota no mundo foi desenvolvido exclusivamente para o mercado brasileiro: a tecnologia de propulsão híbrida flex. Em setembro de 2019, fruto de investimentos na casa de R$ 1 bilhão, a empresa lançou o Toyota Corolla Altis Hybrid Flex, o primeiro automóvel híbrido do mundo a combinar a propulsão elétrica a um motor a combustão movido a etanol, gasolina ou a mistura dos dois combustíveis em qualquer proporção. Apenas dois anos depois, foi a vez do Corolla Cross, um SUV moderno e também com versões híbridas flex. O mercado aprovou a proposta, uma condição confirmada por números.

Desde a chegada do primeiro Corolla com propulsão híbrida, em 2019, a Toyota já acumula mais 88 mil modelos híbridos flex comercializados. Ou seja, mesmo com o crescimento do interesse por veículos 100% elétricos, os híbridos flex estão consolidados como alternativa eficiente e totalmente adaptados à realidade do Brasil. E, agora, a Toyota se prepara para outro passo nesse caminho de pioneirismo, com a confirmação do lançamento de um inédito modelo híbrido flex produzido no Brasil, iniciativa que reforça seu compromisso com o processo de desenvolvimento de novas rotas tecnológicas rumo à neutralidade de carbono. Essa novidade é uma das ações previstas no novo ciclo de investimentos destinados ao Brasil, com o aporte de R$ 11 bilhões até 2030. A outra ação, bastante impactante para a região, envolve o projeto de ampliação da fábrica de Sorocaba e o novo Centro de Distribuição de Peças inaugurado no último mês, o que vai gerar, como projeta a Toyota, a abertura de pelo menos mais dois mil novos empregos diretos e dez mil indiretos (até 2030).

Novas alternativas a partir do etanol

A Toyota continua investindo em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias que reforçam seu compromisso de acelerar a descarbonização com o uso de biocombustíveis. Por isso, firmou parceria com empresas no Brasil para desenvolver a chamada Célula de Combustível, que converte o hidrogênio em eletricidade para movimentar o veículo, uma tecnologia já aplicada em modelos comercializados em larga escala no Japão, Europa e Estados Unidos. Mas aqui, o objetivo é produzir o hidrogênio a partir do etanol extraído da cana-de-açúcar. Para isso, a Toyota disponibilizou uma unidade do Mirai, o primeiro Fuel Cell Electric Vehicle produzido em série no mundo. Recentemente, a marca apresentou também um protótipo da aplicação de um motor movido a biometano em um veículo comercial leve. O biometano é um combustível renovável derivado do biogás, que pode ser produzido a partir de qualquer matéria orgânica, incluindo a da cana-de-açúcar. Outra inovação é um protótipo de plug-in alimentado pela tecnologia híbrida a etanol, que combina um motor de combustão interna com um motor elétrico, e uma bateria que pode ser recarregada em uma fonte externa.

 

 

 

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