Morre Paulo Egydio, ex-governador de SP
Egydio deu sustentação à abertura política. Crédito da foto: André Lessa / Estadão Conteúdo (20/9/2007)
O ex-governador de São Paulo e ex-ministro Paulo Egydio Martins morreu ontem, aos 92 anos. A causa da morte não foi informada. Paulo Egydio governou o Estado durante o regime militar, entre 1975 e 1979, nomeado pelo então presidente Ernesto Geisel. No período em que ocupou o Palácio dos Bandeirantes se destacou mais pelo perfil administrador. Na política, se consolidou como um liberal e seu êxito foi estimular a reabertura durante a ditadura.
Filiado à Aliança Renovadora Nacional (Arena), o partido de sustentação do regime de março de 1964, Paulo Egydio deu suporte civil à chamada política de distensão de Geisel.
Nos quatro anos que comandou São Paulo por indicação do então presidente, Paulo Egydio se tornou o homem de confiança no Estado, e se opôs aos militares linha-dura. Manteve, desde o começo de sua gestão, relações delicadas com o general Ednardo Dávila Melo, comandante do 2º Exército, um dos que queriam aprofundar o combate aos que tentavam “subverter” o governo.
Poucos anos depois do retorno do pluripartidarismo no Brasil, Egydio se filiou ao Partido Popular (de Tancredo Neves). Saiu, no entanto, antes de a sigla ser incorporada ao então PMDB. Teve uma passagem pelo Partido Democrático Social (PDS) antes de finalmente ingressar, em 1984, no PMDB a pedido de Tancredo, candidato da Aliança Democrática. Participou ativamente das articulações pela candidatura do político mineiro. (Estadão Conteúdo)