Cirque du Soleil traz ao Brasil 'OVO', espetáculo dirigido por Deborah Colker
As entradas custam de R$130 (meia-entrada) a R$580 (inteira do setor premium em São Paulo). Crédito da foto: Reprodução / Facebook / Cirque de Soleil
O Cirque de Soleil vai trazer ao Brasil, enfim, o seu espetáculo "brasileiro": OVO, dirigido e criado por Deborah Colker, estreia no País em Belo Horizonte, em março de 2019, e segue por Rio, Brasília e São Paulo, até maio. As datas: 7 a 17 de março, em Belo Horizonte, no Ginásio Mineirinho; 21 a 31 de março, no Rio, na Jeunesse Arena; 5 a 13 de abril, em Brasília, no Ginásio Nilson Nelson; e finalmente em São Paulo, de 19 de abril a 12 de maio, no Ginásio do Ibirapuera. As entradas custam de R$130 (meia-entrada) a R$580 (inteira do setor premium em São Paulo).
Com a trilha sonora criada pelo compositor Berna Ceppas (parceiro musical de Colker desde os anos 1990) passando por várias fases da música brasileira (da bossa nova ao samba, xaxado e funk), e cenário de Gringo Cardia, o espetáculo conta a história de uma comunidade de insetos que recebe com alguma desconfiança um ovo "misterioso".
Na coletiva de imprensa de apresentação do show nesta segunda-feira, 5, em São Paulo, a coreógrafa conta que recebeu a proposta de ser a primeira mulher a dirigir um espetáculo do Cirque du Soleil em 2006, quando o criador da companhia canadense, Guy Laliberté, viu a parede da peça Velox. "Ele gostou da maneira que eu trabalhava o movimento e como a dança contava uma história, trazendo significados, não sendo apenas abstrata", disse Colker.
Ela então propôs a ideia do ecossistema, "uma maneira bacana de relacionar técnicas de circo com as famílias de insetos". O casting dos artistas, segundo Colker, foi um dos momentos mais especiais do processo de criação. Em OVO, são 50 deles, de 14 países, incluindo quatro brasileiros. O espetáculo estreou em 2009 em Montreal e segue em turnê mundial antes de desembarcar no Brasil em 2019.
O espetáculo conta a história de uma comunidade de insetos. Crédito da foto: Reprodução / Facebook / Cirque de Soleil
Colker conta que cresceu muito com o projeto (era o seu maior até então; em 2016, ela foi diretora de movimento das Olimpíadas no Rio). "Quando começamos, me lembro de estar no estúdio ensaiando, e cada um dos atores tinha um tradutor. Quando eu pedia para todo mundo ficar quieto, eles já estavam, na verdade, em silêncio. Essa Babel foi um aprendizado", comenta. "Foi um processo de criação muito rico e intenso, e eu levei isso para os próximos trabalhos também."
Os ingressos para o espetáculo começam a ser vendidos para o público geral no dia 29 de novembro. Clientes do Bradesco poderão participar de uma pré-venda a partir já desta terça, 6, com desconto de 20%. O banco é o principal parceiro do espetáculo no Brasil, produzido pela IMM. (Guilherme Sobota - Estadão Conteúdo)