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Liliana Alves está no Salão Luiz Sacilotto

16 de Dezembro de 2020 às 00:01

Liliana Alves está no Salão Luiz Sacilotto Liliana também está na exposição coletiva e virtual “Quase fim”. Crédito da foto: Divulgação

A sorocabana Liliana Alves figura entre os 32 artistas visuais selecionados no Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto, de Santo André, que chega hoje a sua 48ª edição com formato inédito por conta das restrições impostas pela pandemia de Covid-19.

Neste ano, o salão recebeu número recorde de 513 inscritos e apresenta ao público 52 trabalhos escolhidos pela comissão de seleção e premiação formada pela artista Cristina Suzuki, a curadora Isabella Rjeille e o galerista Thomaz Pacheco.

A obra de Liliana, uma tela intitulada “Está ali”, poderá ser conferida juntamente com os demais trabalhos selecionados em um vídeo-registro que será disponibilizado hoje, às 19h, nas redes sociais da Casa do Olhar Luiz Sacilotto, da Prefeitura de Santo André, organizadora da mostra.

O vídeo é um passeio pela exposição que chegou a ser montada no Salão de Exposições do Paço Municipal de Santo André, a casa oficial do Salão ao longo das décadas. “O Salão de Santo André é um dos mais representativos do Brasil. Ser selecionada representa o reconhecimento do nosso trabalho e da nossa profissão, é o crivo de pessoas muito sérias e bastante conhecedoras e envolvidas com as artes visuais”, comenta a artista.

Estarão disponíveis juntamente com o vídeo-registro materiais complementares como duas performances contempladas com vídeo de depoimentos dos artistas e do júri e as fichas técnicas das obras.

Além da expressiva quantidade de participantes, a 48ª edição apresenta grande diversidade territorial, contemplando artistas de todas as regiões do País e de cidades tradicionalmente fora do circuito artístico.

Liliana Alves está no Salão Luiz Sacilotto Obra “Está ali” foi selecionada entre mais de 500 trabalhos. Crédito da foto: Divulgação

Liliana Alves é a única artista de Sorocaba selecionada para a mostra que oferece um conjunto de trabalhos representativos da cena artística atual, executados com rigor na aplicação das variadas técnicas, como: vídeos, fotografias, performances, instalações, desenhos, gravuras, pinturas e esculturas.

“Esta representatividade foi possível pela aplicação de novas práticas artísticas e curatoriais adotadas pela comissão de seleção e premiação, com um olhar que buscou estender suas pesquisas do campo de experiência metodológica para outros campos de experimentação, revelando questões relacionadas a novos modelos, novas métricas e valores, conceitos de transversalidade, a equidade de gêneros, de raça, povos e de classes sociais com os processos artísticos”, explicou Reinaldo Botelho, curador da Casa do Olhar, em material de divulgação da mostra.

Liliana destaca que a sua obra selecionada para o salão foi adquirida pela Casa do Olhar Luiz Sacilotto e fará parte do acervo da pinacoteca ao lado de importantes nomes das artes visuais como João Suzuki, Hans Grudzinski, Aldemir Martins, Antônio Henrique do Amaral e Thomas Ianelli. O vídeo-registro poderá ser conferido no Youtube (bit.ly/3oR3419), Instagram (@casadoolharoficial) e Facebook (facebook.com/casadoolharoficial).

Desafios na pandemia

Com trinta anos de carreira celebrados em 2019, Liliana Alves comenta que, de certa forma, já se acostumou com o isolamento social, referindo-se aos longos períodos solitários de produção artística em seu ateliê. No entanto, ela admite que as mudanças na dinâmica social provocadas pela pandemia do novo coronavírus afetou a fruição de todas as linguagens artísticas, incluindo as artes virtuais, especialmente visuais, já que, a rigor, a contemplação das obras é um rito que ocorre presencialmente. “A arte é uma forma de lidar com o mundo sensorialmente, mas essa gramática visual, de cor, forma, volume, tem suas riquezas, de textura, pincelada que a reprodução no ambiente digital não consegue mostrar”, comenta. “Por outro lado [a migração para o ambiente digital] tem essa possibilidade de mais gente participando, visitando exposições e vendo artes visuais”, comenta.

Em função da pandemia, com os espaços expositivos fechados, Liliana afirma que aproveitou o ano atípico para aperfeiçoar seus conhecimentos com a internet e as redes sociais a fim de levar sua produção pictórica para um público mais abrangente. “Fiz vários videos, atualizei perfil [no Instagram]... foi a forma que encontrei de enfrentar esse momento tão desafiador. Afinal, artes visuais, como o nome sugere, só têm sentido se for vista”, complementa.

Além do Salão de Santo André, Liliana está em cartaz em na exposição virtual e coletiva “Quase fim”, da galeria Lona, de São Paulo, que é a representa comercialmente. A mostra pode ser conferida no site da galeria www.lonagaleria.com. (Felipe Shikama)

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