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Número de crianças na educação infantil fica abaixo da meta

Crescimento era uma das diretrizes do PNE 2014-2024

09 de Abril de 2025 às 21:30
Há 9,49 milhões de matrículas em creches e pré-escolas
Há 9,49 milhões de matrículas em creches e pré-escolas (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO / ARQUIVO JCS)

O Brasil ficou praticamente estagnado no número de matrículas no ensino infantil (creche e pré-escola) de 2023 para 2024, segundo dados do Censo Escolar divulgados ontem (9). O estudo é realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC). Em 2023, havia 9,461 milhões de alunos nessa etapa; no ano seguinte, o total passou para 9,491 milhões.

O crescimento do número de matrículas na educação infantil desde 2014 era uma das metas do Plano Nacional da Educação (PNE) 2014-2024, e foi interrompido durante a pandemia, em 2020 e 2021. A partir de 2022, o número voltou a crescer, o que ocorreu também em 2023. Em 2024, porém, houve desaceleração desse ritmo — a alta anual foi de apenas 30 mil, somadas as matrículas da creche e da pré-escola.

A maior parte das crianças na educação infantil está no sistema público, majoritariamente na rede municipal, responsável pelos anos iniciais da educação básica. Duas em cada três crianças que frequentam creches estão matriculadas na rede pública.

Os números de matrículas no ensino infantil ficaram distantes das metas do PNE 2014-2024. O documento, que serve como balizador da educação do País durante uma década, previa como objetivo ter 50% das crianças até 3 anos matriculadas na creche ou pré-escola até 2024 e 100% das crianças de 4 e 5 anos matriculadas até 2016.

Hoje, cerca de 34,5% das crianças até 3 anos de idade estão matriculadas na creche ou na pré-escola. Cerca de 91% das crianças entre 4 e 5 anos estão matriculadas na creche ou na pré-escola.

Ensino técnico

Uma década após a implementação do PNE, o número de matrículas do ensino médio técnico atingiu apenas metade (49,6%) do que a meta previa. Na visão de pesquisadores, a modalidade pode abrir portas no mercado de trabalho, além de ampliar a remuneração e até contribuir para aumento do PIB do País. (Estadão Conteúdo)