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Investigação

Fraude no INSS: Governo suspende descontos

Deputados de oposição se movimentam para pedido de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito

24 de Abril de 2025 às 21:30
Haverá restituição, disse ministro da CGU, Vinicius Carvalho
Haverá restituição, disse ministro da CGU, Vinicius Carvalho (Crédito: FÁBIO POZZEBOM / ARQUIVO ABR (5/9/2024))

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Carvalho, informou a suspensão de todos os acordos de cooperação técnica com sindicatos e associações para, na prática, evitar o repasse de recursos para as entidades, especificamente os descontos nos benefícios previdenciários.

A decisão ocorre um dia após a Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal e pela CGU, que investiga desvios bilionários em descontos em benefícios de aposentados e pensionistas. A operação levou à demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.

Carvalho informou que, na próxima folha de pagamento, haverá a restituição de apenas uma parcela aos aposentados que tiveram cobrança ilegal, conforme a investigação da Polícia Federal, a partir da retenção de recursos que, neste mês, iriam para os sindicatos.

Contudo, ainda não há prazo para o ressarcimento integral dos descontos ilegais ocorridos nos vencimentos dos beneficiários do INSS.

CPI

A oposição ao governo na Câmara dos Deputados se movimenta para um pedido de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) diante do escândalo de fraudes no INSS. O documento é elaborado pelo deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO).

Em discursos no plenário da Câmara, deputados criticaram a atuação de diretores do INSS. Os desvios teriam ocorrido entre 2019 e 2024 e podem somar até R$ 6,3 bilhões.

O deputado Pedro Aihara (PRD-MG) disse que já tinha recebido denúncias desse esquema e repassado para investigação. “É muito dinheiro. É dinheiro de gente que precisa desse valor para comprar o seu remédio, pagar o seu aluguel.” (Da Redação, com informações de Estadão Conteúdo e Agência Câmara)