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Economia

Skaf vê ‘gestão ideológica’ de Josué Gomes na Fiesp

Parte dos presidentes de sindicatos setoriais estaria insatisfeita com o tratamento recebido pela nova gestão

20 de Outubro de 2022 às 00:01
Skaf deixou presidência da Fiesp em julho
Skaf deixou presidência da Fiesp em julho (Crédito: CRUZEIRO FM 92,3 )

Três meses depois de deixar a presidência da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf está se movimentando com um abaixo-assinado contra Josué Gomes, seu sucessor no cargo. Em conjunto com presidentes de sindicatos patronais que se dizem insatisfeitos com o tratamento recebido de Josué, Skaf está elaborando um documento a ser entregue à Fiesp. O texto classificaria a gestão de Josué como “ideológica”.

A questão pode ter um viés político. Skaf foi apoiador de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto Josué é filho do empresário José Alencar (que morreu em 2011), ex-vice-presidente nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mais recentemente, a ala mais à direita da Fiesp também criticou a decisão da entidade de divulgar um manifesto em favor da democracia, o que foi visto como um aceno favorável a Lula e contra Bolsonaro.

Parte dos presidentes de sindicatos setoriais estaria insatisfeita com o tratamento recebido pela nova gestão. Alguns desses representantes de classe afirmaram que nem sequer conversaram com Josué Gomes desde sua eleição. No entanto, apesar desses problemas, há quem se refira à movimentação do ex-presidente como um “golpe na Fiesp”.

A entidade teria conseguido trazer para suas discussões os grandes empresários, que ficaram ausentes nos últimos anos da gestão de Paulo Skaf -- que se estendeu de 2004 até julho último. Em reação, Skaf passou a reunir o apoio de sindicatos patronais de menor porte para contestar a administração de seu sucessor.

No entanto, os sindicatos patronais de menor porte estariam em peso com Skaf. A informação é que mais de 70 desses representantes, sendo a maioria do interior do Estado, estariam dispostos a assinar o documento pensado por Skaf como uma “porta de saída” para Josué.

Não se trata, porém, de uma tarefa simples. Alguns empresários já adiantaram que não vão assinar o documento. Um deles é Synesio Batista, presidente da Abrinq, associação que reúne as indústrias de brinquedos do Estado de São Paulo. Outro é o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho.

Procurados, Paulo Skaf e a Fiesp não retornaram os contatos da reportagem. (Estadão Conteúdo)