Morte do Papa
Derrame causou a morte do Pontífice

Francisco, o primeiro papa latino-americano, morreu aos 88 anos, vítima de um derrame que o deixou em coma e com insuficiência cardiocirculatória irreversível, de acordo com sua certidão de óbito divulgada ontem (21) pelo Vaticano. A saúde do jesuíta argentino, líder da Igreja católica desde 2013, era frágil há vários meses. Ele permaneceu hospitalizado por 38 dias devido a uma grave pneumonia, até 23 de março. Debilitado, participou no domingo (20) da celebração da Páscoa no Vaticano.
Aos 21 anos, um jovem Jorge Mario Bergoglio já sofria de pleurisia aguda, que exigiu a remoção parcial do pulmão direito. Ele era conhecido por sofrer de uma ciática crônica que o fazia mancar visivelmente, mas ainda assim desfrutou de uma saúde relativamente boa até 2023. Naquele ano, ele foi hospitalizado duas vezes. Seu estado de saúde piorou significativamente, o que o obrigou a usar uma cadeira de rodas. “A morte foi confirmada pela gravação da eletrocardioterapia”, diz o documento assinado pelo diretor do Departamento de Saúde e Higiene do Vaticano, professor Andrea Arcangeli.
O papa Francisco expressou seu desejo de um sepultamento “simples” em uma basílica romana dedicada ao culto de Maria. “Sentindo que o fim da minha vida terrena se aproxima e com uma viva esperança na vida eterna, desejo expressar minhas vontades testamentárias unicamente quanto ao local do meu sepultamento”, afirma o testamento do jesuíta argentino, datado de 29 de junho de 2022.
O documento divulgado pelo Vaticano indica que o Papa pediu que seus restos mortais “repousem, aguardando o Dia da Ressurreição, na basílica papal de Santa Maria Maior”, no centro de Roma. Ele também fornece instruções precisas sobre seu local de descanso, “o nicho localizado na nave lateral entre a capela Paulina (capela Salus Populi Romani) e a capela Sforza da basílica papal mencionada anteriormente”. Além disso, Francisco pede um sepultamento “feito de terra, simples, sem nenhuma decoração particular e com uma única inscrição: Franciscus”. (AFP)