As aulas presenciais nas duas unidades do Colégio Politécnico de Sorocaba -- Centro e Alto da Boa Vista -- voltaram ontem (25). Como medida de segurança, o retorno ocorre de forma escalonada. Após dois anos em formato híbrido (presencial e on-line), a expectativa é de que, em 2022, o período letivo seja integralmente presencial.

Ontem (25), voltaram os alunos da educação infantil e do 1º, 2º e 3º anos do ensino fundamental. Hoje (26), as atividades começam para estudantes dos 4º e 5º anos do ensino fundamental. Na sexta-feira (28), a escola recebe os matriculados do 6º ao 9º ano da mesma etapa. Por fim, na segunda-feira (31), retornam os alunos do 1º ao 3º ano do ensino médio.

A diretora do Colégio Politécnico de Sorocaba, Sidnei Silva, diz que o avanço da vacinação contra a Covid-19 e o início da imunização para crianças motivou a retomada 100% presencial. Segundo ela, agora, o trabalho poderá ser desenvolvido “com mais tranquilidade”. Apesar disso, salienta, ainda, ser momento de cautela, principalmente, devido à variante Ômicron do coronavírus.

“Ela ataca e contagia com muita facilidade. Então, temos mantido todos os protocolos de higienização e, naturalmente, contando, também, com o apoio das famílias”, disse.

Todas as regras de prevenção à Covid-19 seguem em vigor. São elas: aferição de temperatura na entrada; uso obrigatório de máscara; disponibilização de álcool em gel para higienização das mãos; e distanciamento nas classes e refeitório.

Os estudantes receberam recomendações específicas, como evitar usar os bebedouros e levar a própria garrafa de água. As crianças ainda foram orientadas sobre como se portar ao retirar a máscara na hora das refeições, por exemplo.

Para Sidnei Silva, embora o ensino on-line seja positivo, o modo presencial é “ideal”, pois proporciona diversidade de vivências aos estudantes. “A socialização dos alunos é muito importante, ouvir e acompanhar a fala e o trabalho do professor, a troca com os amigos. Tudo isso faz parte e é muito importante para que haja uma boa aprendizagem”, enfatizou. Por isso, segundo ela, o formato remoto só deve ser retomado se a pandemia piorar.

Pais de alunos consideram as atividades presenciais fundamentais. Para a contadora Ana Paula de Aguiar Azevedo, de 42 anos, o ensino remoto foi eficaz para o filho, Pedro de Aguiar Azevedo, de 7 anos. Ele está no 2º ano do ensino fundamental. Porém, considera a presença na escola indispensável, principalmente, por conta da interação.

Para Ana, em contato com colegas e educadores, o aluno cria vínculos, vivencia novas experiências, aprende a respeitar as diferenças, dentre outras coisas. “A escola proporciona o aprendizado não só do conteúdo, mas da socialização”, destacou. Apesar de ainda ter receio quando à pandemia, ela acredita que, com todos os cuidados, o retorno é seguro.

O autônomo Augusto Eduardo Neto, de 31 anos, pai de Bernardo Vizzon Rosa Eduardo, de 6 anos, matriculado no 1º ano do ensino fundamental disse que o sistema presencial é importante, sobretudo, para a formação das crianças enquanto seres humanos.

“O desenvolvimento é muito maior do que no on-line, e eu quero que ele (Bernardo) se desenvolva cada vez mais e aproveite todas as atividades da escola”, disse.

O Colégio Politécnico de Sorocaba é mantido pela Fundação Ubaldino do Amaral (FUA). (Vinicius Camargo)