Nova Gestão
Moriah passará a gerir UPAs de Votorantim na terça

A Organização Social de Saúde (OSS) Instituto Moriah assumirá a gestão das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Central e Infantil de Votorantim na próxima terça-feira (25). A informação foi confirmada pela administração municipal e pelo próprio instituto. Segundo a prefeitura, a OSS foi selecionada por meio de um processo de dispensa de licitação, em razão do curto espaço de tempo entre o encerramento do atual contrato de gestão, que não podia mais ser renovado. O contrato da Prefeitura de Votorantim com a Avante é válido até segunda-feira, 24 de fevereiro.
O termo de colaboração entre o Executivo e o Instituto Moriah para a gestão, operacionalização e a execução dos serviços de saúde nas UPAs foi publicado na última sexta-feira (14). A OSS já mantém contrato com a Prefeitura de Votorantim, desde 2014, quando a instituição assumiu a gestão do Hospital Municipal.
Em 13 de janeiro, dezenas de trabalhadores das UPAs Central e Infantil de Votorantim, sob gestão da OS Avante Social, decidiram paralisar as atividades devido ao atraso no pagamento dos salários. Na mesma noite, os profissionais interromperam o ato após a prefeitura se comprometer a pagar os vencimentos devidos, mediante acordo judicial.
O valor de R$ 2,5 milhões para a quitação dos salários, das férias proporcionais e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi depositado em 21 de janeiro.
Na ocasião, Pablo Pistila, vice-presidente do Sindicato da Saúde de Sorocaba e Região (Sinsaúde), informou que a Prefeitura de Votorantim não havia realizado o repasse para a Avante Social, gestora das unidades, há cerca de dois meses e, por esse motivo, não teria sido feito o pagamento dos salários.
Assim que assumiu o mandato, o prefeito Weber Manga (Republicanos), ao lado do secretário de Finanças, João Luis de Sousa, convocou a imprensa para revelar falta de caixa do município. Ele disse que a gestão anterior, que tinha como prefeita Fabíola Alves (PSDB), usou a fonte 1 (recursos de arrecadação de impostos) para pagar obras e outros projetos. A antecessora rebateu e classificou as declarações como precipitadas.
Quando questionada pelo Cruzeiro do Sul, a OS Avante Social não se manifestou sobre o atraso dos salários dos trabalhadores.