A Secretaria da Saúde (SES) de Sorocaba confirmou a presença do sorotipo 3 da dengue na cidade. Desde 2016 ele estava em baixa circulação no Estado de São Paulo e, por isso, a população encontra-se mais vulnerável a ela. Conforme especialistas, tal sorotipo não é o mais letal, contudo apresenta maior potencial de infecção.

Conforme a prefeitura, a primeira notificação de DEVN3 (como é identificado os sorotipos da dengue) no município ocorreu após a morte de uma idosa de 72 anos. Ela faleceu no dia 12 de março. 

Em nota, a SES informou que o Governo do Estado já havia alertado sobre a circulação do sorotipo no interior paulista em janeiro. "O município reitera que tomará todas as medidas necessárias de intensificação de ações e monitoramento dos atendimentos", diz. 

Segundo a Coordenadoria de Controle de Doenças, da Secretaria Estadual da Saúde, o interior apresenta maior susceptibilidade para o aparecimento da dengue tipo 3. Isso porque, a combinação de tempo quente e úmido favorece a proliferação do mosquito causador da dengue, o Aedes aegypti.

“Desde o ano passado, conseguimos verificar que o sorotipo 3 da dengue estava entrando no estado. Também foi por meio delas que identificamos, em 2024, o surgimento dos casos de febre Oropouche. Estamos monitorando isso rapidamente”, diz a coordenadora do setor, Regiane de Paula

É mais grave?

São quatro categorias de dengue em circulação no Brasil. Segundo a Coordenadoria de Controle de Doenças, da Secretaria Estadual da Saúde, estudos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) não sugerem que a dengue tipo 3 seja mais grave. No entanto, quando a pessoa é infectada por outros sorotipos, como o DENV-1, e logo depois pelo DENV-3, a gravidade do caso pode aumentar.

Os sintomas da dengue tipo 3 são iguais aos demais: febre alta, dor atrás dos olhos, dor no corpo, manchas avermelhadas na pele, coceira, náuseas e dores musculares e articulares. Com o retorno do sorotipo 3, aumentam as chances de reinfecção pela doença.

Como se proteger

Assim como os demais sorotipos, a principal forma de prevenção da combate é o combate ao vetor: o mosquito. Para tanto, não deixar água parada, instalar telas em portas e janelas e usar repelente são algumas das meninas que a população pode adotar.

Boletim 

Até o momento, Sorocaba tem 5.561 casos confirmados, sendo 5.510 autóctones (quando a doença é adquirida no município), 45 importados e seis indeterminados. Há seis óbitos confirmados (dois em unidade pública, três em unidades privadas e um em domicílio) e oito em investigação. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (10) pela SES.