Coletiva
Prefeito diz que se trata de uma ‘perseguição política’

O prefeito Rodrigo Manga concedeu uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (10), no começo da noite, em seu gabinete, no 6º andar do Paço. Ele disse que a operação da Polícia Federal, em 2022, teve a sua colaboração. “Cooperamos com tudo sempre, seja com a PF, com o MP, com a Civil. Receber a visita da Polícia Federal, depois que estive em Brasília, na segunda-feira (7) e terça-feira (8), onde ouvi desabafos do mundo político, quando me disseram para tirar o pé (...) e que me preparasse que lá vem chumbo. Isso tudo foi para me expor”, afirmou.
Manga reforçou o discurso de perseguição política, que a operação teve viés, que outros candidatos como Pablo Marçal também sofreram, e ainda culpou o modelo de licitação das OS como parte dos problemas de corrupção. O prefeito disse não ter se importado em ter o celular apreendido, dizendo que nele há apenas informações de grupos relacionados aos problemas burocráticos da cidade. Ele ainda alega que “sairá fortalecido disso tudo, pronto para ser o primeiro prefeito presidente do Brasil.”
Durante a manhã, à CNN, Manga afirmou que “os policiais federais estavam constrangidos na operação”; que foram empresas “quarteirizadas” que podem ser o foco da corrupção no esquema investigado; citou que a preferência de votos que está tendo para cargos executivos como governador e presidente é um dos motivos da operação; negou doações ilegais recebidas de Organizações Sociais (OS); afirmou que há investigações politizadas na Polícia Federal; que nem Swat (polícia especializada dos EUA) vai parar sua trajetória”; que não tem contrato com a igreja investigada e que abriu investigação interna sobre o caso.
Manga também usou suas redes sociais para postar um vídeo minimizando os fatos e dizendo que em sua residência a polícia encontrou bolo de cenoura, nutella (chocolate com avelã) e um pokémon (brinquedo japonês).
Em nota oficial, emitida pela Secretaria de Comunicação, a Prefeitura de Sorocaba informou que está havendo plena colaboração com as autoridades, para que todos os fatos sejam devidamente esclarecidos, o mais brevemente possível”. O texto ainda ressalta que “não é a primeira vez na história que vemos ‘forças ocultas’ se levantarem contra representantes que se projetam como uma alternativa ao sistema e dão voz ao povo.”