Press Enter and then Control plus Dot for Audio
Sorocaba, Domingo, 4 de Maio de 2025

Buscar no Cruzeiro

Buscar

Tradição

Fiéis encaram o mau tempo para acompanhar a Paixão de Cristo

Espetáculo, que começou no Parque dos Espanhóis e terminou no Morro do Garrido, atrai multidão

18 de Abril de 2025 às 23:06
Jesus Cristo, interpretado pelo auxiliar de logística e ator Eddy Camargo, 39 anos, em dois momentos: na entrada triunfal em Jerusalém e na Última Ceia
Jesus Cristo, interpretado pelo auxiliar de logística e ator Eddy Camargo, 39 anos, em dois momentos: na entrada triunfal em Jerusalém e na Última Ceia (Crédito: THAÍS VERDERAMIS)

O tempo nublado, com a chuva insistindo em cair em alguns momentos, não intimidou a biomédica Ariane de Fátima Barbosa, 27 anos, de, pela primeira vez, acompanhar a encenação da Paixão de Cristo realizada, na noite de ontem (18), no Parque dos Espanhóis, zona leste de Sorocaba. O espetáculo sequer havia começado e ela já se sentia emocionada. “Eu estou realizada de estar aqui, de poder prestigiar e viver tudo o que Jesus viveu”, conta.

Mais uma vez, a encenação reuniu milhares de pessoas. Todas com o objetivo de reviver os momentos de angústia, sofrimento e crucificação de Jesus Cristo. Neste ano, em particular, o espetáculo trouxe o olhar de Maria sobre o martírio do filho. A atriz e pedagoga Lenice Gomes da Cruz, 59, que interpretou a mãe de Jesus, conta que, pela primeira vez, Maria fez a abertura contando um pouco das suas dores. “É uma sensação de alegria poder interpretar este papel tão importante”, afirma.

A mesma alegria, com dose de responsabilidade, é admitida pelo auxiliar de logística e ator Eddy Camargo, 39. Na segunda vez como Jesus, ele diz que é gratificante passar às pessoas, pelo menos um pouco, o sofrimento de Cristo. “É muito emocionante para mim, principalmente por saber tudo o que Jesus passou. Saber do tamanho do sacrifício de amor que Ele fez por todos nós.”

Já o engenheiro Ricardo Camargo, 56, participa da encenação desde 2010. No papel de Pilatos, ele diz que o espetáculo acaba se tornando uma coisa valiosa para os espectadores, sobretudo àqueles que vão acompanhar pela fé. Ricardo, inclusive, lembra que os atores não são profissionais e que estão lá, de forma voluntária, para manter a tradição de um evento cuja repercussão já rompeu as fronteiras de Sorocaba.

Com direção de Alexandro Giovanni e Mário Pérsico, o espetáculo que levou o nome de “A Dor de uma Mãe — Paixão de Cristo pelos Olhos de Maria” começou no Parque dos Espanhóis e percorreu diversas ruas durante a Via Crúcis. O ponto alto foi a crucificação no Morro do Garrido, Parada do Alto.

A Sexta da Paixão

A Sexta-Feira Santa, também chamada de Sexta-Feira da Paixão, é uma das datas mais importantes do calendário cristão. Ela marca o dia da crucificação e morte de Jesus Cristo, sendo lembrada como um momento de dor, sacrifício e reflexão profunda para os fiéis.

Muitos cristãos praticam o jejum, evitam carnes vermelhas e participam de cerimônias religiosas como a Via Sacra, que relembra os últimos passos de Jesus. A data também é um convite à meditação sobre o amor, o perdão e a entrega de Jesus em favor da humanidade.

O feriado é móvel — varia de acordo com a data da Páscoa, celebrada sempre no primeiro domingo após a primeira Lua Cheia do outono no hemisfério sul ou da primavera no hemisfério norte. Por isso, a Sexta-Feira Santa pode cair entre março e abril. (Colaboração: Tom Rocha)

 

 

Galeria

Confira a galeria de fotos