Nos últimos três dias, os católicos celebraram o Tríduo Pascal, que faz memória à paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. O rito teve início na Quinta-feira Santa (17), com a Missa da Instituição da Eucaristia - também conhecida como Lava-pés -, e terminou no Sábado Santo (19), com a Vigília Pascal. De acordo com o vigário da Catedral Metropolitana de Nossa Senhora da Ponte, padre Julian Carlos Camargo, o momento marca não somente o centro do ano litúrgico, mas também a celebração mais importante da igreja católica.

“Na Quinta-feira Santa, nós celebramos a última ceia de Jesus com os seus discípulos. Na sequência, adentramos na Sexta-feira Santa, um momento de profunda oração, jejum e penitência, pois recordamos a Paixão de Cristo, a sua morte na cruz. Inclusive, esse é o único dia do ano que não temos a Santa Missa”, explica o sacerdote.

Já no Sábado Santo, durante o dia, a igreja se recolhe no silêncio do sepulcro. Desta forma, não há celebrações. Padre Julian explica que é por este motivo que as portas de todas as igrejas permanecem fechadas. “A igreja só é aberta à noite para a Vigília Pascal, a missa mais importante do ano. Nesta celebração, nós recordamos toda a história da salvação”, aponta o vigário da Catedral de Sorocaba. “Portanto, a liturgia é composta por várias leituras, começando desde Gênesis com a criação, e seguindo por toda a obra operada por Deus para a redenção do gênero humano, culminando na ressurreição de Jesus.”

Segundo o vigário, a celebração do Sábado Santo é tão importante que se estende até o Domingo de Páscoa (20). Após o fim da Semana Santa, a igreja inicia as Oitavas da Páscoa, que segue até o Domingo da Misericórdia, em 27 de abril.