Nos primeiros quatro meses de 2025, os casos de hepatite A aumentaram 855% em Sorocaba, na comparação com todo o ano passado. De 9 subiram para 85. Os dados foram informados ontem (23) pela prefeitura. Apesar do número expressivo, a administração municipal descarta a classificação de surto.

A reportagem recebeu informações de que haveria muitos casos nos bairros Wanel Ville e Éden. A Secretaria da Saúde da cidade informou, em nota, que “foram notificados, até o momento, 12 casos de residentes no Wanel Ville e um caso residente do Éden”. A pasta complementa: “quando constatado epidemiologicamente aumento de casos de uma doença, o protocolo é a realização de investigação técnica para melhor compreensão do cenário, das pessoas acometidas, das possíveis formas de transmissão envolvidas e consequentemente de fontes de infecção.”

Moradores relacionaram o aparecimento da doença que atinge o fígado com uma possível irregularidade no fornecimento da água nas residências. A hipótese não é de todo errada. Conforme o Ministério da Saúde, a transmissão do vírus HAV — que causa a hepatite A — ocorre, na maioria dos casos, por ingestão de alimentos ou água contaminados por fezes ou devido aos baixos níveis de saneamento básico e higiene pessoal. Outra maneira é o contato entre pessoas próximas com a infecção e por meio do ato sexual.

“Até o momento, não há indícios da fonte de infecção em Sorocaba. Os primeiros testes realizados em água foram negativos para o vírus da hepatite A”, explica a prefeitura.

Mesmo assim, a orientação para todos os moradores é a ingestão de água filtrada, preferencialmente de filtros purificadores, fervida ou mineral envasada, praticar boa higiene e asseio após o uso do banheiro.

Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, mal-estar, dor no corpo, náuseas, vômitos, falta de apetite e dor abdominal. (colaborou João Frizo - programa de estágio)