Prédios do antigo seminário São Carlos Borromeu estão desocupados
Entrada principal das instalações na av. Eugênio Salerno. Crédito da foto: Erick Pinheiro
O conjunto de prédios que integra o antigo Seminário São Carlos Borromeu, localizado na avenida Dr. Eugênio Salerno, continua parcialmente desocupado. Esse conjunto de edificações é formado pela igreja -- que segue em funcionamento --, por um espaço ocupado pela Universidade de Sorocaba (Uniso) e pelas instalações que, até 2017, eram alugadas pela Prefeitura de Sorocaba para a Secretaria de Esportes e para o setor de Fiscalização. Mas hoje esses prédios estão sem utilização. A fachada principal do imóvel está com as portas, janelas e portões fechados.
A Arquidiocese de Sorocaba, proprietária da edificação, foi questionada sobre o destino que será dado ao imóvel, mas não enviou retorno ao jornal na terça-feira (21) nem nesta quarta-feira (22). Segundo informações extraoficiais, o espaço estaria para locação.
De acordo com o inventário dos bens tombados de Sorocaba, levantamento feito pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), o imóvel da década de 1930 foi construído em um terreno doado em 1929 à Mitra Diocesana para a construção do Seminário Episcopal, localizado no antigo Largo da Independência (atual praça 9 de Julho). O imóvel já abrigou o Seminário Diocesano e seus seminaristas, a escola Coronel Fernando Prestes, Divisão Regional de Ensino, Uniso, Secretaria de Esportes e setor de Fiscalização da Prefeitura.
O inventário destaca as características arquitetônicas do edifício, que possui uma suntuosa e imponente fachada, com grandes arcos internos, obedecendo aos padrões europeus da época. Em estilo neoclássico, a composição da arquitetura apresenta detalhes em relevo nas portas e janelas, detalhes em estilo rococó e murais de azulejos decorados. Foi tombado como patrimônio histórico, em 1996, pelo Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Paisagístico de Sorocaba (CMDP), com grau de preservação 2 -- que determina preservação parcial, apenas do exterior do edifício, compreendendo a volumetria, fachadas, coberturas, áreas livres, ajardinamento e respectivos elementos ornamentais ou utilitários, se houver. (Priscila Fernandes)